Capítulo 9 - O grande dia

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"Oh minha querida, tem sido um ano difícil, mas lembre-se, os terrores não atacam vítimas inocentes. Confie em mim querida, confie em mim!"

Estremecida da cabeça aos pés, indago se ali seria a minha morte, para pagar por todos os meus pecados. Desesperada, viro o rosto para a janela e tento enxergar alguma saída no fim do túnel em que estou.

O mofo deixa meu nariz irritado e escorrendo, a tontura voltou com tudo. Onde eu toco há mofo e sujeira, isso me deixa em alerta. O dia já está amanhecendo, eu torço para que Martim venha me tirar daqui, mas uma parte minha me diz que ele não virá. Minha cabeça lateja, acho que por ficar muitas horas acordada e, quando durmo estou tendo pesadelos com o passado. O meu coração está acelerado, eu posso sentir meu corpo todo em choque.

Tento me levantar, mas meu corpo está doendo muito. Os meus pulmões queimam, sinto uma vontade tremenda de vomitar. Me forço mais uma vez a ficar de pé e com muito custo eu consigo. Só que aí não aguento a ânsia que vem forte e acabo vomitando em mim mesma, de tão mal que estou. Não aguento, acabo me escorando no sofá velho da sala, tentando me recuperar.

Reparo que minha pele estava vermelha e irritada. Uma dor abdominal terrível. Coloco minha mão no meu abdômen tentando conter a dor, mas não consigo, solto um gemido alto, olho para a porta rezando para que ele volte e me ajude.

Porém, os minutos vão passando e Martim não vem, a dor está ficando cada vez pior. Eu já estou lutando para me manter lúcida, está difícil de respirar. Tento pensar em Sarah para me manter lúcida. Eu não posso deixar minha filha. Não, eu não posso! Coloco as mãos direto na minha garganta tentando massagem para que conseguisse respirar, mas tudo que sinto é dor. Fecho os olhos sabendo que não tenho o que fazer, eu morrerei aqui sufocada, sem ar, acabo me entregando à inconsciência, já completamente quebrada.

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Dizem que no amor e na guerra vale tudo

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Dizem que no amor e na guerra vale tudo. Até mesmo manipular, mentir e trapacear.
Olhei meu reflexo no espelho, vestida de noiva, e vi a felicidade refletida em meus olhos. Consegui chegar até aqui. Eu conquistei o homem que eu amo. Esses últimos dois meses foram os mais felizes da minha vida. Agora, estou a um passo de alcançar o meu felizes para sempre. Senti uma lágrima cair pelo meu rosto, limpei com cuidado para não borrar a minha maquiagem, não queria que nada atrapalhasse a minha felicidade.

Nada podia ser comparado com o dia de hoje, acho que era impossível que alguém já tenha se sentido como me sentia agora, eu, enfim, encontrei aquela felicidade que tanto almejei.

A porta abriu e Helena passou por ela vestindo um vestido nude lindo.

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