Esquentando as Coisas

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Uma semana passou desde o lançamento. Kirby não fez nenhuma visita à Editora.

Leonard não sabia se ficava contente ou decepcionado. Talvez tivesse sido um pouco duro em suas palavras, mas ela não tinha o direito de estragar um possível encontro e muito menos falar de seus pais.

Na sexta à noite, Leonard ficou até tarde terminando de ler um original. A história parecia ser interessante, mas não o suficiente para prender a atenção de um leitor. Ele reuniu suas coisas e foi para o elevador. Levou o original para concluir no fim de semana.

Quando a porta se abriu, uma mulher parou ao seu lado.

— Não esperava vê-lo a esta hora senhor Parker.

Ele olhou para ela e entrou no elevador. Estava tão surpreso que ela, de certo, mas não diria. Ele apertou o botão para o térreo e respirou fundo.

— Lamento pelo que disse. Não quis ser grosseiro, mas a senhorita não devia ter feito aquilo. 

— Bem, quis garantir que não perdesse tempo com ela.

Ela cruzou os braços de modo descontraído e encostou-se na parede. Não deixou de notar a perna dele balançando. O jeans rasgado combinando com a camisa azul e o paletó preto.

— A senhorita não sabe nada sobre mim. Não tem direito de escolher ou opinar com quem eu saio.

— Sei que me quer, mas reluta contra isso. Posso ver em seus olhos e os sinais por todo seu corpo. Não pode negar.

Ele engoliu em seco. Aquilo era um fato que ele preferia ocultar. Mas seu corpo dava sinais difíceis de esconder. Kirby parou o elevador pouco antes de chegar ao térreo e o prensou na parede.

Ela não estava acostumada a correr tanto atrás do que queria. Mas aquele homem valia a pena. Por algum motivo ela sonhou com ele durante toda sua semana e sentia a cada instante a necessidade de tê-lo e senti-lo.

— Me diga que não me quer e o deixo em paz. Simples, não?

Leonard encarou os olhos cinzas com um tremor percorrendo seu corpo.

A proximidade o deixava ainda mais tenso. Ele tentou dizer alguma coisa, mas não conseguiu. A quem estava tentando enganar? A desejava. Mesmo que ela não fosse seu tipo de mulher. A queria loucamente. De uma forma que não imaginou ser capaz.

Ele segurou os braços dela e novamente inverteu as posições. Ele tinha a opção de continuar calado e apertar o botão para o elevador andar novamente. E depois, ele a evitaria. E com certeza ela iria parar. Não iria provocá-lo para sempre. No entanto, seus lábios estavam secos e sedentos.

Kirby sorriu convencida. O olhar dele era de puro desejo. E havia uma batalha interna acontecendo dentro daquele homem. Ele estava com dificuldades para falar. Mas ela cansou de esperar e apenas inclinou a cabeça para beijá-lo.

Leonard soltou as mãos dela instantaneamente e retribuiu o beijo. Ele entrelaçou seus dedos no cabelo dela e a beijou com a mesma intensidade. Kirby segurou em seus ombros e o puxou mais para si. A mão dela foi para o pescoço e depois para os cabelos loiros que caíam com perfeição em seu rosto.

A língua de Leonard explorou a boca de Kirby com uma urgência que ela reconhecia em si mesma.

A outra mão dele desceu pela curva de seu corpo até sua bunda e a apertou contra seu corpo. Leonard não se reconhecia naquele instante. O desejo era mais forte do que ele conseguia conter. E aproveitar cada segundo daquele beijo era essencial. Aquilo não iria se repetir.

Uma corrente elétrica passeava por seu corpo e esquentava suas veias. Mais um pouco e ele sairia de seu controle. E só iria parar quando a possuísse por completo, ali mesmo. E aquilo não fazia nem um pouco o estilo dele.

Uma Mulher Como EuOnde histórias criam vida. Descubra agora