- Hope, Hope! Me ajude querida, me ajude por favor. - Uma voz longe, triste e cansada dizia.
O medo tomou conta de mim, aquela voz, eu me lembro pouco dela, mas é como se eu conhecia, e cada passo que eu dava naquele lugar escuro e sombrio, mas a voz suave desaparecia e o som de correntes se arrastando no chão aumentava.
- Hope, eu preciso de você nós precisamos.
Na mesma hora a voz que eu procurava e ao mesmo tempo que eu tinha medo de achar, se calou e só ouvia um choro profundo que me arrepiava. Não se ouvia mais nada naquele lugar escuro e que me dava muito medo, havia uma escuridão terrível, eu andava pelo grande corredor tentando ouvir ou ver aquela pobre mulher, quando de repente sentir uma mão grossa tocando o meu ombro aquele toque me dava medo, um medo terrível e com o medo veio o grito.
- Querida, querida, acorde! é só um pesadelo minha florzinha. - A voz doce da minha mãe me fez acordar.
Com a voz que eu conhecia eu acordei, as lágrimas rolava pelo meu rosto e o medo o medo profundo, me atormentava terrivelmente e com ele uma escuridão que eu nunca tinha sentido antes. Me acalmei um pouco e olhei para a janela grande de vidro que refletia a escuridão da noite, era de noite e aquilo tudo foi um pesadelo comum que sempre tenho.
- Pesadelo de novo Anne? - O meu pai olhava para a janela enquanto me perguntava, e na sua voz havia preocupação.
- Sim papai, desculpe por acordar vocês de novo sinto muito. - Falei limpando as lágrimas que havia no meu rosto.
- Anne esse é a terceira vez só na semana, você tem pesadelos enquanto dorme e grita como se alguém tivesse te atacando, queremos te ajudar, mas você precisa procurar ajuda. - Minha mãe segurava a minha mão.
- Eu sei mamãe, você vai falar que eu tenho que procurar de novo um psicólogo, eu tô bem não preciso de uma pessoa que nem vai me ajudar.
- Querida...
- Por favor mamãe, eu sei que os ataques estão frequentes, mas eu irei entender isso sozinha sem ninguém, eu prometo, agora por favor voltem a dormir eu estou bem. - Falei colocando um sorriso forçado no rosto.
- Tem certeza? - O meu pai se pronunciou depois de um tempo.
- Sim, papai eu tenho absoluta certeza estou ótima, amanhã é um longo dia vocês precisam descansar. - Falei me levantando e dando um abraço no meu pai.
- Se é o que você quer. - Mamãe falou se levantando e nos abraçando. - Dorme com os anjinhos minha florzinha.
- Você também. - Falei dando um beijo nos dois.
- Boa noite. - Eles disseram em uníssono.
- Boa noite. - Falei enquanto via a porta se fechar.
O resto da noite eu não dormi, esses pesadelos estão se tornando piores a cada dia e mais assustadores, sinto que algo está por vir.
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A Escolhida
RandomAnne Baker era uma jovem normal com 17 anos como qualquer outra, pelo menos era o que ela achava até que a vida tranquila mudou completamente. Ela descobrirá coisas que não sabia, a sua verdadeira identidade, e viverá coisas inacreditáveis. Acompan...