Capítulo 7 - O Problema do Amor é... parte 1

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Olá, eu me chamo Hermione Granger...

E faltam sete dias para eu completar 17 anos. Sou bruxa, mas nascida trouxa. Eu sou uma garota legal, no geral. Quero dizer, se eu não fosse eu, me indicaria aos meus filhos como um bom exemplo. Porque eu sou sim uma pessoa apresentável... Não digo na aparência, porque me acho normal. Não tenho uma cratera no lugar do nariz, cabelos brancos, sardas no rosto ou uma cicatriz no meio da testa, o que é A apresentação. Mas digo no modo interessante da coisa, sim... Minha vida pode ser meio confusa, complicada, mas com certeza interessaria uma dúzia de historiadores.


Por exemplo: já me disseram que eu tenho bons motivos para não ter amigos, a pessoa em si é um dos meus melhores amigos. Já me chamaram de sangue-ruim, a pessoa em si diz me amar. Já me chamaram de muitas coisas, mas por algum motivo não largaram de mim. É como se meus defeitos fossem importantes para alguém.


A única pessoa que eu acho que nunca me ofendeu foi Harry. E foi a pessoa que mais demorou a ver que precisava de mim. E era a única pessoa de quem eu realmente precisava.
Agora o que eu preciso é me livrar de alguém, alguém que eu odeio, abomino... Mas por algum maldito plano dos Deuses, essa pessoa é meu namorado. E o estranho é que eu quase já me esqueci como é a vida sem ele...


Eu não estou fazendo essa apresentação para vocês terem pena de mim, porque eu já desisti de pedir socorro há algum tempo. Pena, assim como sorte, é uma palavra que já deixou de fazer parte da minha vida.
Eu preferiria estar num centro de concentração na Alemanha nos anos quarenta do que estar ao lado de Draco Malfoy atravessando o jardim da minha casa naquele momento. Pelo menos no centro de concentração, os Nazistas mantinham certa distância do povo oprimido naquela época. Tinham nojo do povo Judeu, da sua raça. Não andavam de mãos dadas com eles, agarravam-nos e os aplicava uma sensação de culpa cada vez que brigavam. Onde foi parar o nojo do Draco para com os sangues-ruins afinal? Eu era feliz e não sabia...


– Veja se não é a minha gatinha. – disse meu pai com o sorriso que eu conheço tão bem, nunca me livrei dele, tanto em casa, como em Hogwarts, pois Harry tem esse mesmo sorriso.


– Oi, pai. – eu disse largando as minhas malas na grama gelada e me jogando em seus braços. Logo eu senti que ele olhava para um ponto às minhas costas.


– E você deve ser...


– Draco Malfoy, senhor. Prazer. – eu ouvi a voz educada de Draco, ele estendera a mão para o meu pai que a apertou firme ainda mantendo um olhar desconfiado.


– Quando sua mãe me contou não acreditei, vocês sempre tiveram certa rivalidade... Os Malfoy.


– Isso é passado, senhor. Nós dois não temos nada haver com os meus pais. – disse Draco, como se o comentário tivesse sido feito pra ele.


Não vou dizer que minha cara era de uma escrava sendo puxada para o tronco, o que na verdade era como eu me sentia. Mas é claro que eu estaria bem mais alegre se não tivesse de mentir para os meus pais, ocultar-lhes o que aquela serpente andava fazendo comigo e ter o imenso prazer de ver meu pai prendendo Draco na cadeira de e arrancando-lhe um dente de cada vez... Dolorosamente.


– Hermione! – minha mãe gritara enquanto atravessava o jardim aos pulos, me livrando de meus pensamentos sádicos. – Você está magra, mas está linda!

Vi Draco dar um olhar censurado para mim ao comentário dela. Oras essas, eu comeria mais se ele não tentasse me estuprar a cada garfada.

– É você! – disse ela apontando pra Draco que deu um sorriso largo e acolhedor, com certeza ele nunca recebera tanta atenção na vida. – Você só pode ser o Draco! – disse ela se jogando aos braços dele, ele se abaixara atrapalhado para abraçá-la também.

Apaixonada Pela Serpente 2 (APS2) - A VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora