❈ three ❈

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virginia brooke

— Hey! Você viu minha amiga passando por aqui? Chegamos há uma meia hora... — Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, a garota que estava sentada no chão, se virou para o lado e começou a vomitar.

— Você sabe onde fica o banheiro? —perguntou, depois de colocar litros de bebida para fora.

— Não — disse, suspirando e voltando a perguntar a algumas pessoas.

Eu havia perguntado a maioria das pessoas daquela sala e todos estavam chapados demais para me dizer alguma coisa.

Holly e eu havíamos chegado à pelo menos, trinta minutos e logo quando chegamos, a garota fez questão de me apresentar para o anfitrião, Derek.

Os dois conversaram por poucos minutos, e de repente, a garota estava me dizendo um "eu volto já".

Trinta minutos se passaram depois de sua breve despedida e eu estava lá, perguntando para as pessoas onde estava minha melhor amiga que havia me abandonado.

Perguntei para mais uma pessoa e após receber a resposta que eu esperava, dei um longo suspiro e me acomodei no sofá mais próximo.

Para o meu azar, o sofá mais próximo era o que, de cinco em cinco segundos, casais se pegavam do meu lado, sem nem se incomodar com a minha presença.

Eu estava esgotada demais para procurar outro lugar para sentar então, deixei que eles esbarrassem em cima de mim.

O sétimo ou oitavo casal saiu e eu nem percebi quando um garoto se sentou ao meu lado, estava ocupada demais vendo a tela de inicio do meu celular e rolando o dedo para lá e para cá.

— Legal a sua tela de início. Você e sua amiga? — perguntou e de início, eu levei um susto — Me desculpe, eu não queria te assustar.

— Não, hum, você não me assustou, eu só estava bem distraída — Respirei fundo — E sim, essa é minha amiga e ela simplesmente desapareceu.

— Perder os amigos em festas acontece com as melhores pessoas — disse, dando risada e eu o acompanhei — Samuel.

— Virginia — Apertei sua mão, que estava estendida. Suas mãos eram grandes, quentes e confortáveis ao apertar. Fiquei diversos minutos a apertando, em um êxtase quase completo.

— Tudo bem, acho legal você gostar das minhas mãos mas eu ainda preciso delas para o basquete.

— Oh, desculpe — disse, soltando a mão do garoto. Minhas bochechas coraram imediatamente. — Bom, você joga basquete?

— Sim. Mas o que ajuda mesmo são as agulhas de tricô. Eu adoro tricotar.

— Tricotar? — perguntei, gargalhando, mas seu rosto se tornou rígido.

— Estou falando sério, não era para ter graça.

— Oh, me desculpe. Eu... — Me enrolei nas palavras e o maior gargalhou.

— Eu estava brincando, você devia ter visto sua cara.

— Você quase me causou um infarto, eu tenho problemas no coração — disse, áspera enquanto o garoto esperava a risada mas ela não o acompanhou.

— Virginia, ah, hum, sério? Me desculpe...

— Estava brincando — disse dando um leve soco em seu braço.

— Eu sabia — disse, dando uma risada sem graça e depois, começamos a conversar sobre ataques cardíacos.

Conversamos sobre muitas coisas depois disso e era impressionante que ramificações nossos diálogos tomavam.

Pude saber que o garoto adorava cachorros e havia adotado um recentemente. Que adorava chocolate, ir ao cinema e que ele havia acabado de se mudar.

Samuel era um garoto incrível.

— Você acha que vamos nos ver de novo? — perguntou.

— Sim, eu acho. Vou lembrar de você como "O cara do sofá".

— Cara do sofá? Por favor, Virginia, pensei que fosse mais criativa.

— Cara do sofá é criativo se você for parar para pensar — disse e antes que eu completasse, o garoto se aproximou de mim. Nossos lábios cada vez mais próximos um do outro.

Ok, Virginia, ceder ou não ceder?

A dúvida surgiu na minha cabeça de repente e antes que os prós e contras se formassem na minha cabeça, virei o rosto.

— Eu pensei que quisesse — disse, recuando.

— Eu também pensei mas, eu não sei.

— Você queria me beijar?

— Oh, não sei. Samuel, é muito complicado, certo? Agora não é o momento.

— Oh, okay — disse dando um suspiro. Ficamos em silêncio até ele dizer — Me empresta o seu celular.

— O que?

— Me empresta — Coloquei meu celular nas mãos do mesmo. Ele digitou por alguns segundos e me entregou de volta. — Quando for a hora, você pode me mandar mensagem.

— Oh, o... — disse e antes que pudesse completar, ele me deu um beijo no rosto.

— Agora, eu preciso ir.

— Tchau — Nos abraçamos e lhe lancei um sorriso.

— Foi legal conhecer você, Virginia.

não se apaguem ao que está no título da história e seguimos firmes

estão gostando?

virgin mouth | old magconOnde histórias criam vida. Descubra agora