Acordando na manhã seguinte, eu me espreguiço enquanto o sol entra por uma fresta na janela. As leves cortinas flutuam levemente, ao vento do ventilador de teto. Dormi surpreendentemente bem! Jogo de volta pra cama o edredon macio, ao deslizar para for a dela, e me apronto para meu primeiro dia. Vincent propôs me encontrar ao pé da grande escaria as 7:15H, então poderíamos ir juntos ao seu escritório. Arrasto-me até o banheiro e começo os tediosos preparativos. Lavo meu rosto e seco com uma toalha, aliso meus cabelos com uma prancha, da melhor maneira que posso. Com o cabelo devidamente alisado eu o enrolo dirigentemente e o prendo em um coque alto. Visto o terno marinho que usei na entrevista, deslizo meus óculos escuros de armação grossa e me admiro no espelho. Sinto me adulta e profissional.
Saindo do meu quarto, desço trotando pela grande escadaria, até a base, onde Vincent já está a minha espera. Ele está impecavelmente vestido em um terno Armani, todo preto, que lhe cai muito bem! Seu longo cabelo castanho está solto por sobre seus ombros. É impossível não se sentir intimidado pela sua presença.
-Café? - Ele pergunta, segurando uma garrafa térmica de viagem.
Encolho-me levente, nunca gostei de café! Mas aceito por educação.
-Honestamente? Sou uma garota mais de chá, porém realmente admiro o gesto. - Digo, tomando um gole de café, que, na verdade, não está nada ruim.
Vincent sorri, ele é tão charmoso e caloroso.
-Lembrarei disso na próxima vez! - Ele observa
-Você está com fome? Estamos saindo um pouco cedo, talvez pudéssemos parar pra pegar algo – Pergunto enquanto tomo outro gole de meu café quente.
Eu o assisto hesitar discretamente, apenas por um instante , antes de responder.
-Desculpe-me, eu já comi! porém estaria mais que disposto a fazer uma parada, para que você pegue algo.
-Você deve ser madrugador! - Digo em tom bricalhão, enquanto ele abre a pesada porta de madeira para mim.
-Algo assim! - Ele responde, com um sorriso zombeteiro no canto da boca.
Descemos a pequena escadaria da entrada, até a rotatória que fica bem em frente. O motorista abre a porta e eu entro, Vincent entra pelo outro lado.
-Podemos parar na padaria Princi! Ela fica em nosso caminho.- Ele afirma
A medida que nos afastamos da vila, a imagem do santuário imaculado esmaece atrás de nós. Vincente limpa a garganta, o que me faz olhar em sua direção.
-Então, não tive a chance de lhe perguntar, o que lhe trouxe a Milão? Eu ví em sua inscrição que você é de Toulose.
Desvio o olhar nervosamente, não querendo divulgar nada a respeito de mim, minhas "habilidades", ou meus pais. Eu opto por uma meia verdade.
-Quero ser engenheira, e a Universidade Politécnica é uma das melhores da região.
-Verdade! - Ele responde arqueando sua sobrancelha bem marcada para mim – Alguma outra razão?
Eu cuspo meu café, em uma tentativa de evitar deixar escapar algo que atrapalhe meu emprego.
-Não realmente, apenas queria novas experiências, e sair de casa. E você? - Digo, tentando desviar de mim o foco da conversa –O que o fez querer ser um banqueiro de investimentos?
Vejo um leve tremor em seu queixo, antes dele forçar um sorriso.
-Lilian! Ela é muito... persuasiva.
-Eu vou encontra-la logo? - Pergunto com uma curiosidade mórbida.
-Lilian apenas vem pra casa quando acontece alguma emergência, na qual eu falhei em lidar. - Ele diz olhando pela janela do carro.
YOU ARE READING
QUANDO A ENERGIA PULSA
FantasyAutora: K. P. Banx Idioma de Origem: Inglês Tradução e adaptação: T. T. Uchôa