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Baekhyun sentou-se na mesa para tomar seu café rapidamente, seu dia seria longo e ainda estava alguns minutos em atraso.

─ Chung, você encaixou o que lhe pedi?

─ Sim, mas eu tive que cancelar com o Yixing..

─ Ah... Eu mando uma mensagem para ele explicando o que aconteceu ─ mordia sua torrada e mexia em seu celular. ─ Não acho que ele vá se importar muito com isso. Vou indo, senão perco a primeira aula ─ deu um último gole em seu suco e saiu pegando sua bolsa no sofá.

Chanyeol acompanhou o garoto sem pronunciar uma palavra. Já se sentia incomodado, como se alguma barreira ali tivesse sido quebrada e, que de alguma forma ele não iria conseguir levantar e voltar com sua guarda normal. Baekhyun era uma pessoa cativante, mas ao mesmo tempo parecia alguém tão superficial. Não entendia ao certo o porquê dele querer lhe ajudar em algo assim, tempos atrás ele estava batendo o pé e ficava todo espumando quando estava por perto e agora, até parecia que de alguma forma ele se sentia confortável com sua presença.

Olhava aqueles fios platinados de soslaio, via seu sorriso recebendo alguma mensagem e isso deixou Park curioso, o que não deveria acontecer mas, seu peito estava incomodado; ou talvez seu incômodo fosse por ele fingir que seu guarda-costas nem existia, não lhe deu ao menos um cumprimento. Talvez ele não quisesse mais ir ao hospital e fizesse por achar uma obrigação, poderia ser isso. Era isso com toda certeza, quem afinal de contas iria querer visitar a mãe de alguém com quem nem ao menos se importa? Chanyeol simplesmente não conseguia parar de pensar em várias coisas que o deixavam tenso a cada segundo, e era inacreditável para ele, pois finalmente pensou que tudo fazia sentido. Baekhyun estava com pena! Isso, só podia ser isso, percebeu que Chanyeol era um pobre de merda e quis ajudar, era a coisa mais óbvia do mundo agora.

Baekhyun guardou o celular no bolso e descansou sua mão no banco, olhando pela janela o tempo que parecia estar nublado. Sentiu uma mão apertar a sua e se assustou olhando para as mãos juntas, tratou de levantar logo o olhar em direção ao seu guarda-costas que havia realizado o ato, mas isso durou segundos pois ele soltou as mãos e começou a falar coisas que ficaram difíceis de ouvir por estar atordoado com aquilo.

─ Chanyeol, eu não estou entendendo, não prestei atenção... Hm, fala de novo. ─ Agora estava se forçando a ouvir o que ele tinha a dizer.

─ Você não precisa ir visitar minha mãe. Eu vi que sua agenda está cheia e isso poderia ficar para outro dia. E sobre o dinheiro que quer me dar, não vou aceitar. ─ Puxou o celular que ganhou de Byun do bolso e tirou seu chip o arrumando e direcionando para o garoto que lhe encarava perplexo. Pigarreou para continuar a falar com o olhar queimando em si. ─ O celular, toma.

─ Achei que já tínhamos encerrado isso aqui, por que insiste?

─ Baekhyun, eu sei que só está com pena e eu não quero ninguém sentindo pena de mim, então toma isso e faz o que pedi. Não tente me ajudar, não mais.

─ Se você não aceitar essa merda de aparelho eu vou jogá-lo pela janela. ─ Pegou o celular já abrindo a janela. ─ Vai aceitar?

─ Você não seria capaz.

Sem fazer cerimônia, Baekhyun soltou o celular pela janela e o pneu traseiro do carro passou o esmagando, e foi possível ouvir o barulho. Chanyeol arregalou seus olhos como se não acreditasse naquilo.

─ Sempre que negar alguma coisa minha, por achar que estou com pena, eu farei isso, e na sua frente! ─ Se aproximou do rosto incrédulo. ─ Acho bom passar a aceitar, eu não tenho pena de ninguém! E vamos visitar sua mãe sim! ─ Se afastou tirando a franja da testa, estava quente por ter ficado irritado.

O Filho do PresidenteOnde histórias criam vida. Descubra agora