O que é amor? ele se perguntava..
Mas a vida nada falava
Um mapa de pirata era o que precisava
Para achar a mais valiosa peça rara
Entre noites de trovoadas
Percorria todos os caminhos
Nas florestas e abismos
Protegendo-se com garras e caninos
Durante os cinzas-dias listrados
Foram vários abraços coloridos
Com esperanças tinham sido forjados
Mas pela borracha no tempo tinham se apagado
Mas então a Lua veio
Brilhando com seu luar cheio de tonteio
Inquietante acreditar
Mas uma raposa estava a saltitar
Esses olhos sem medo
Em um lugar distante fui encontrar
Aquilo que meu coração mais procurava sem achar
Patas em todo lugar
O rugir de uma tristeza foi acalentar
Ela sim podia me acariciar
Pois não tinha medo de se arranhar
Naquele rio tive que nadar
E em outras florestas tive que desbravar
Para a felicidade ir buscar
Dias de glória dias de irá
É a vida sendo aflita
Em penhascos íngremes quase cai
Em mares profundos quase emergi
Naqueles braços pude sentir
O amor ressurgir
Por infinitas batalhas eu renasci
Com uma alma lapidada para resistir
E quando a esperança volta ao horizonte
Tempestades perigosas escurecem meu nome
Nós sabemos o que pode ser
Mas prefiro tentar esquecer
Para um dia poder dizer
Eu pude aprender a viver!
Mas então o que é amor? ele se perguntava..
E a vida lhe mostrava
Que não era o mesmo que dor, mas doía
Que não era o mesmo que felicidade, mas sorria
Mas era o mesmo que viver um dia, a cada dia...