Raposa, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Ra-po-sa: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Ra. Po. Sa.
Pela manhã ela era Pequena, não mais que minha Pequena, com seu metro e sessente e cinco de altura, calçando uma única meia soquete e aquele saboroso pijaminha de anjinho. Era Raposinha ao vestir os jeans desbotados. Era Jê na escola. Era Jêssica sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Raposa, amada raposinha.
.. agradecimentos ao mestre "Vladimir Nabokov"