Capítulo 6

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No domingo de manhã, os pássaros cantavam no carvalho, e os beija-flores e as abelhas voavam entre as rosas que ocupavam um lugar perto da cerca. Amber sentou-se na beira da cama, dando um logo bocejo, encarou o relógio em cima do criado mudo.
Marcavam nove e meia da manhã, o sol entrou pela janela do quarto, os galhos das árvores balançavam lá fora. Trazendo o ar da natureza, o cheiro das flores silvestres.

O céu estava azul-claro, algumas rosas estavam no botão, era um dia ótimo. Mas a noite anterior invade sua mente.

Amber deitou-se novamente na cama, afundando seu rosto no travesseiro macio, fechando os olhos. Naquele momento, aqueles olhos amêndoas e misteriosos invadem sua cabeça. Por que pensa tanto nele, se pelo menos valessem alguma coisa?
Apertando os olhos com força, Amber pode até sentir o seu cheiro, seu hálito com cheiro de Marlboro e menta, próximo do seu rosto. Seus músculos contra o seu corpo pareciam estar caindo em um sono tranquilo e apaixonante.
Como se quisesse sair dele, mas sempre que tentava, ele voltava. Ele parecia ter um dom de prendê-la. Amber se sentia inútil, ela não o conhecia direito, mas, no fundo, parecia conhece-lo.

– Mas que droga... – Amber murmurou tão baixo que sua voz quase não saiu.

Talvez em outra vida, isso é estúpido,
já que não acreditava que alguém poderia reencarnar em outro corpo, isso acontecia somente em filmes e livros.

Amber não sentia mais aquele frio da noite, que batia contra o seu corpo, suas mãos estavam suadas e ela não sabia por que ele a fez se sentir assim. Parecia estar perdida em outro mundo.

— Ei, garota? É surda? Ou está se fazendo? – Black cruzou os braços, olhando para Amber, com um sorrisinho contente nos lábios. — E agora? O que pretende fazer?

Amber deu um longo suspiro, suas bochechas coraram. Ela odiava ficar assim, ainda mais na frente desse garoto metido a besta.
Tentou se recompor, mas foi pega de surpresa quando encarava seus lábios rosados naturalmente.

— Você... é um louco. – gaguejou Amber, aterrorizada ao lembrar do que ele estava fazendo, se ela não tivesse interferido. Ele poderia ter matado o rapaz. —  Você ia matá-lo.

Amber queria dizer mais algumas coisas para ele, talvez insultasse, mas parece que sua voz não saía. Por algum momento, achou que estava hipnotizada.

— Olha aqui, menininha, eu poderia... – Black deu uma pausa, como se tivesse se lembrado de algo. – Você não tinha nada que interferir, eu poderia ter machucado você. Não quero problemas com os Pierce, sei que é um deles.

— Como sabe? - Amber estava confusa, talvez sua família fosse conhecida por ser tão rica. — Eu poderia chamar a polícia, você agrediu uma pessoa.

Amber dá um passo para trás, Black franze a testa, sorri logo em seguida, mostrando seus dentes perfeitos.

— Chama a polícia?

— Isso... eu sei quem você é... - Amber estava mais nervosa, o rapaz na sua frente não tinha nem um pouco de medo.

— Olha, é melhor você ir para casa, já passou da hora de dormir. Sei que é alguma coisa para a Chloe, não irei fazer nada, pela minha grande amizade que tenho por ela.

O Supremo ( Lua cheia)Onde histórias criam vida. Descubra agora