Prisão Domiciliar

2.2

oie! estou postando a versão em inglês de prisão domiciliar no meu perfil! o nome é house arrest e não é apenas uma tradução, mas sim uma adaptação, então alguns detalhes, nomes e diálogos são diferentes.
caso queira exercitar a leitura em inglês, dê uma conferida! :)

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— Tá tudo dando errado! – Scar lamentou, se apoiando no braço de Bianca e descansando um pouco do seu peso.

As pernas já estavam doendo pelo tempo em que ela ficou de pé. As costas latejavam e tudo o que Scar queria era tirar aquele sapato desconfortável e se jogar em uma cama macia.

Já eram duas e meia da manhã e a noite tinha sido uma bela de uma furada até então.

— É claro que tá dando errado, você só tá procurando caras parecidos com o de Lins. De imbecil já basta ele – Jo tentou se fazer ouvir mesmo com a música barulhenta que ecoava pelo estabelecimento.

Scar apertou os lábios e quase perdeu o equilíbrio quando Bia a afastou rapidamente, endireitando a postura por um cara com o dobro de sua altura que se aproximou, nitidamente interessado.

— Oi – o estranho a cumprimentou com um sorriso travesso.

— Olá – Bia respondeu, soando alterada. Mas não era para menos, a garota tinha experimentado diversos drinks até aquele momento.

Joane bufou e revirou os olhos, empurrando o cara para longe enquanto o olhava feio.

— Tchau – cortou, já cansada de afastar os abutres que insistiam em se aproximar de Bianca. Ela não deixaria a menina ficar com ninguém naquele estado "alegre".

— Tchau! – Bianca cantarolou, dando um tchauzinho acompanhado de um sorriso largo, deixando o sujeito confuso enquanto se afastava.

— Bom... – Scar resmungou. — Faz sentido que eu queira perder a virgindade com um cara que se parece com o garoto que eu gosto!

A linha de raciocínio parecia coerente em sua cabeça, mas as terríveis experiências que ela teve, tentando comprovar a teoria, a contestavam.

Os três shots de vodca, dois drinks e inúmeras músicas que dançou com as amigas enquanto se preparava para abordar um cara foram um completo desperdício. Os quatro rapazes com os quais ela falou foram um fiasco.

"Ei, boneca... Seu pai é pirata?"

"Desculpe, mas tenho namorada."

"Você curte ser filmada?"

"Que sapato bafo! Onde você comprou?"

A garota bufou com a lembrança das terríveis tentativas de achar alguém, começando a se arrepender dos riscos que correu para estar ali.

— Ei, pensa por esse lado... – Jo chamou a atenção. — Supondo que a gente vá nessa festa na casa do Leo e que por um milagre ele se apaixone, se declare, te peça em namoro e tudo mais... Você vai tê-lo, vai estar amarrada nesse crush esquisito que tem naquele oxigenado – discursou antes de respirar fundo e segurar um dos ombros de Escarlate. — Mas esta noite... Hoje você pode escolher qualquer um, alguém diferente. Alguém que seja o oposto do Leo. É sua chance de conhecer outras pessoas antes de ter certeza de que é aquele burguês safado que você quer – propôs, buscando incentivá-la.

Scar pensou sobre as palavras de Joane.

— Não sei se é a bebida, mas você parece fazer sentido...

Jo franziu o cenho e abriu a boca para falar algo, mas foi calada pelo grito animado de Bianca ao seu lado, que falava com um estranho.

— Eu tirei sete na minha prova de matemática! Yey! – a morena ergueu as mãos, derramando um pouco do drink. O sujeito estreitou as sobrancelhas e riu do estado da garota, que estava mais animada do que qualquer outra pessoa daquele lugar. — A professora Marie pode beijar a minha bunda! "Preste atenção, Bianca Soares!", "Pare de olhar pela janela, Bianca Soares! Seu futuro não está lá!", "Larga esse celular, Bianca Soares.", "É por isso que você vai reprovar, Soares Bianca" – imitou o tom da professora, rindo exageradamente, chegando a afugentar o cara com quem estava falando.