A Sereia(Fanfic+PJM)

O Ressurgir da Solenidade

"Serena" ele chorou, mas da dama nada foi dito, apenas um singelo sorriso dos lábios escondido " eu pensei que tivesse morrido"
"Eu morri, mil vezes, por ti" ela diz "não me reconheço como aquela que andou sobre as terras humanas" pelas suas bochechas dedos finos desenhavam os traços do dele rosto echarcado, sentindo seu aspero queixo "você deixou a barba crescer" ele riu e a abraçou
"Eu senti tanta falta"
"Eu também"
" Volte comigo, agora" ele disse
" Meu bem, eu não posso"
" mas é claro que pode, Rose deixou o castelo, você pode subir nesse barco agora mesmo e eu te faço minha rainha amanhã"
"Eu nunca me interessei por ser sua rainha, eu só queria seu amor"
" eu também..."
"Jimin, você passou tempo demais nutrindo seus luxos, que não consegue perceber a diferença entre o que te pertence e aquilo está fora de seu poder" ela se desfez de seus toques carinhosos, e olhou em seus olhos carentes, com certo orgulho admitiu a si mesma que ainda o amava, mas sabia que teria de conter esse amor " somos mundos diferentes, meus amor, isso nunca poderar ser" disse ela tentando convencer aos dois
"Dane-se as regras, eu quero à ti"
"Meus dias na superfície estão contados, se eu voltar agora, eu poderia morrer"
"Como?"
"Existe um dia que o mar nos concede pernas e a liberdade de andar em terras humanas, " respirou e desviou seu olhar localizando a lua sobre sua cabeça " Quando a lua brilha mais forte do que nunca, e as correntes ficam mais leves"
"Perfeito eu voltarei a ti ver nesse dia então"
"Não amor, você não entede, somente de cinco em cinco anos o mar nos concede liberdade para sermos humanas"
"Mas porquê?" O jovem Principe questionou agitado, sua mente tentava formular um jeito de ficarem juntos
" Certas coisas está além do conhecimento humano, meu amor"
" então é isso? Você nunca mais irá voltar? Devo me sustentar com esse final infeliz e deixar o amor de minha vida partir?" Ainda agitado citou "Pois não, eu nunca irei parar de lutar por ti, todo dia eu irei vir a beira mar e olharei para o horizonte, todo dia irei esperar por ti vir ao meu porto. Seu lugar em minha cama nunca deverá de ser preenchido, não terei nenhum filho se não sair de seu ventre, e juro aqui perante as estrelas e o mar, que eu sempre irei te amar" Jimin selou sua promessa com um beijo cálido e foi correspondido, Serena aceitou o beijo como um presente de bom grado, que por fora nunca casado, viria daquele em que ela amaria até o fim de seus dias

E ali mesmo sob a luz da lua, o casal se amou. Ali mesmo dentro daquele humilde barco ele a teve em seus braços uma última vez, e as ondas do mar que haviam cessado apenas para o casal se amar, cochichava em seu ouvido uma leve canção de ninar, fazendo antes de dormir, o rapaz olhar a serenidade que sua amada que dormia, sussurrando a ela um sincero "eu te amo" assim caindo sobre o feitiço do sono. Então, assim como a lua e estrelas, Serena se foi, dando espaço para o sol brilhar, acordando Jimin, que dormia sozinho naquele lugar, ao encontrar o vazio do seu lado seu coração se apertou, mas invés de quebrar de novo, ele se remendou de seus pedaços porque ele percebeu que ainda tinha uma promessa para cumprir, e muito tempo para esperar sua amada

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Certo tempo se passou, desde seu último encontro com Serena. As coisas até que andavam bem, o povo comemorava a boa colheita e se preparavam para mais um festival à meia lua

O menino que uma vez perambulava o castelo, descontente com a vida, desejando viajar ao continente, com a mente avoada de uma criança que achava conhecer de mais do mundo, tornou-se um homem, que reconheceu que não sabia de nada quando se apaixonou e quebrou seu coração pela primeira vez dentro daquelas mesmas paredes, que das cinzas renasceu um Rei, bom e justo para seu povo

Sua mãe finalmente aceitou que ele reinaria sem uma rainha, ela percebeu que nada mudaria a idéia de seu filho cabeça dura

Hoseok se casou, com a princesa de Andalôs, que agora esta gravida de seu primogênito. Um casório lindo pela costa da ilha de Andalôs, Jimin compareceu, obviamente, Hoseok disse que era bom ver Jimin com tanta saúde e feliz, depois das circunstâncias que havia passado a nove meses atrás

De Rose ele não ouvia muito, só o que ela escrevia em suas cartas de vez em quando. A moça continua mais linda do que nunca e havia encontrado um pretendente, mas suas ambições atuais eram outras, ela queria viajar para Grécia e conhecer mais sobre arte e cultura do mundo que a encanta, como um certo rapaz uma vez a ensinou. Ela deixou a corte de lado, foi a procura de sua própria aventura, pós seu coração na proa de um barco e deixou que ele liderasse seu caminho. Últimamente ela não o escrevia muito, ela estava ocupada demais escrevendo sua própria história

E Jimin? Ele contava os dias para reencontrar com sua amada, e contar sobre tudo que havia acontecido em sua vida nos últimos anos.

Ele, como sempre, ao cair da noite, caminhava na praia uma última vez naquele dia, mas um barulho vindo da borda do oceano o assustou, um choro de bebê entre os sons de ondas, e de dentro de uma grande concha se escondia a mais importante pérola. Ao encontra-lo Jimin não êxitou em pegar-lo no colo, e ao ver seus pequenos olhos azuis e cabelos negros, não restou dúvidas de onde vinha

Assim o pequeno Ezequiel venho ao mundo, Jimin o colheu e criou do jeito que serena faria se ela estivesse por perto, sempre esperando por sua amada, mas agora sua alma não a esperava sozinha.

Agora, seu filho de cinco anos segurava em sua mão, com seus pequenos dedos a mão de seu papai, olhando atenciosamente o horizonte a procura de sua mamãe. Até esse momento o menino só ouvirá histórias e mitos de como sua mãe realmente era, da sua aparência deslumbrante, sua voz encantada, e de suas mãos delicadas capazes de derrubar o mais fortes dos homens. Mas nada poderia preparar para o que ela realmente era, pois Serena era muito mais do que quais quer mitos e lendas, ela era real, "mais humana que muitos humanos por aí" seu pai dizia, fazendo sua ansiedade crescer a cada minuto

E lá estava ela, vestindo branco, se erguendo de braços abertos, ela corria em sua direção, angelicamente como um anjo, tão... serena.