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Nunca gostei muito de olhos azuis, são tão.. comuns? sim, comuns. As pessoas dizem que os olhos castanho é que são comuns, mas há tantos tons de castanho. Nem sequer vale a pena discutir isso, porque nunca vi ninguém com olhos azuis escuros. Eu gostava dos meus olhos,avelã é uma cor bonita.

- qual é a cor dos teus olhos? - Gritei para o ar mas não obtive resposta durante um tempo.

Martha disse 15 dias. passaram-se 23 dias 4 horas e 54 minutos. nem vou contar os segundos.

Eles esqueceram-se do monstro aqui, não os culpo, afinal, eles têm todos medo de mim.

"Acho que estás maluco"

Gargalhei alto. demasiado alto. tão alto que um dos guardas veio espreitar pelas pequenas grades.

-Nunca viste?- ele revirou os olhos e eu continuava com um sorriso demasiado rasgado.- isso é falta de educação.

"Os meus olhos são da cor que tu quiseres, Zayn. tu sabes que eu só existo dentro de ti."

- Não, não, não. - meti as mãos no cabelo e puxei-o - Não. tu adoras assombrar-me não é? eu quero que tenhas os olhos azuis.

"Porque tu odeias olhos azuis, certo?"

- certo.

Deslizei pela parede. precisava rapidamente de fumar, andava demasiado agitado. cigarros , uma lâmina de barbear e dum bom banho.

- Zayn, vais sair esta tarde.

não sei quem falou mas agradeço por isso.

as minhas mão voltaram a puxar o cabelo violentamente para trás enquanto pensava no aspeto dela.

- eu posso imaginar-te com o aspeto que eu quiser.

" Zayn, tu podes, mas se quiseres uma dica, eu sou o reflexo dos teus medos. tens medo de olhos azuis?"

-Não. eu não gosto deles.só isso. - franzi o sobrolho quando ouvi o tão inconfundível barulho de saltos altos baterem no chão de pedra fria. A porta cinzenta abriu-se revelando uma figura feminina com um ar desmazelado e um intenso cheiro a morango.

- Vens comigo. - levantei-me demasiado rápido e logo de seguida meti os dedos na cana do nariz e suspirei. - vens ou não?

Martha estava com medo. olhava para todos os lados, mexia freneticamente no cabelo e na roupa e batia dos os dedos na parede. Ela suspirou quando olhou para mim. estaria assim tão mal?

Andei atrás dela e reparei que todo o corredor estava vazio. não havia guardas, pacientes, enfermeiras, médicos. ninguém. só nós os três.

" Zayn, devias fugir."

Martha movia-se rapidamente para a sala onde habitualmente havia conferências importantes, parou à porta e olhou para mim , praticamente chorando.

- A Sally desapareceu.- ela fungou e focou-se no teto- eu acho que ela está morta. eles dizem que não, sabes? - os seus olhos encontram os meus e senti um pequenino choque percorrer o meu corpo. ela estava destruída com tudo isto. -mas eu tenho a certeza.. ela era a minha paciente preferida. - os seus olhos fecharam-se com força e ela soltou um soluço abafado.

- é suposto consolar-te? escolheste a pessoa errada. - revirei os olhos e ela apenas abriu os dela, mostrando -se vulnerável. parecia um cachorrinho abandonado. - ugh - puxei-a para mim e bati-lhe levemente nas costas, ela gemeu quando os nosso corpos embateram e eu suspirei. as suas mãos agarraram a minha camisola fortemente e eu esta a impaciente, ela estava a deixar a minha roupa molhada e a Sally era só mais uma rapariga maluca.

Martha afastou-se, limpou as lágrimas soluçou uma ultima vez e sorriu para mim, abrindo as enormes portas de madeira escura. Um guarda leva-me para a ponta oposta da sala onde estavam os pacientes. O director finge uma tosse seca e todas a pessoas o olham.

-Como deve ser do conhecimento de toda gente, Sally Andrews, Edward Lowe e a enfermeira Johanna clark estão desaparecidos - a enfermeira Jo? o Ed? que raio se está a passar? - e , por dois deles serem doentes mentais tivemos necessidade de pedir ajuda à policia. Os inspectores iram fazer-vos algumas perguntas. Todos os funcionários passaram pelo mesmo, eu incluído. Não são perguntas complicadas e não vão estar sozinhos, a nossa querida médica, Martha, vai acompanhar-vos.

-Zayn Malik?- olhei atentamente o Homem de 40 e tal anos à minha frente que me tentava assustar metendo uma mão no cinto onde carregava a arma e lançava olhares, supostamente, ameaçadores e agressivos.

Revirei os olhos e caminhei até ele.

-Sim?

- Malik? é o primeiro a ser interrogado. - Sorri-lhe cinicamente e Martha segui-nos até uma sala pequena, com apenas uma mesa e duas cadeiras. - sente-se.

Russian Rulet, era exatamente isso que parecia. Eu de um lado, o policia do outro. a arma em cima da mesa. pena que eu não gostasse de matar pessoas dessa maneira, pena.

-Vamos começar. Onde esteve no dia 24 de setembro?

- Na solitária. A Médica a seu lado pode confirmar, ela mesmo deu ordem para me colocar lá. - Martha não gostou do que eu disse porque provavelmente sentiu culpa, e afinal, era isso mesmo que ela devia sentir. 

- Por que razão foi para a solitária?

- Ele agrediu um dos Guardas devido a um surto psicótico. 

- Esperava que fosse o Sr. Malik a responder a essa pergunta, Miss. Haris - acomodei-me na cadeira enquanto o inspetor trocava olhares com a psiquiatra, eles trocaram algumas palavras e eu apenas olhei para todos os lado. não havia câmaras? nos interrogatórios da policia há sempre câmaras.

"Há algo incrivelmente errado nisto tudo, Zayn."

- Mais alguma pergunta? Senhor? 

- Oh, vou estar de olho em si Malik, mas tem álibi para os dias dos desaparecimentos, pode ir. 

Mas que merda de interrogatório foi este? esperava perguntas do género " qual era a natureza da sua relação com os desaparecido?" ou " viu ou ouviu algo suspeito, mesmo estando preso no quarto da solitária?" e ainda por cima, a Martha disse que eles estavam desaparecidos, ninguém me perguntaria se eu tinha um álibi a menos que alguém estivesse morto.

eles sabem disso.

A Martha tem razão, a Sally está morta e o pior, é que o assassino está entre nós.

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tun

tun

tun

well eu peço desculpa pela demora mas TENHO O PC NOVO PARTY ALL NIGHT

okay parei 

meaning que vou tentar postar mais cedo e assim

anyways

espero que gostem e blá blá same old shit

Sociopath // z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora