d e z e s s e t e

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Dezessete anos com o mesmo sentimento de insuficiência crescendo dentro do meu peito, quase sempre prestes a me explodir e me transformar em uma estrela apagada. Dezessete anos e ainda me culpo por coisas de anos atrás que nunca poderiam ser culpa minha, mas o fato de estar viva me transforma em um holofote para ser culpada. Dezessete anos e ainda dou sorrisos falsos e forço uma postura durona porque não quero que ninguém saiba o quão infeliz eu venho sido, não quero que ninguém saiba o quão eu choro em uma única noite. Dezessete anos e ainda não há como me orgulhar totalmente de mim mesma.

Dezessete anos. Eu cheguei realmente aos dezessete.

Também foram dezessete anos de bons aprendizados e verdades ditas somente com um olhar. Dezessete anos buscando saber quem eu era, quem eu gostaria de ser. Dezessete encontrando bons amigos e amores e dando adeus para os mesmo bons amigos e antigos amores. Dezessete anos tentando transbordar a força que vive enjaulada dentro de mim, porque o mundo lá fora é duro demais para a inocência dos 16.

Tive dezessete anos para me preparar para viver, mas continuo a mesma garotinha indefesa e assustada de dezesseis anos atrás que só quer amar e ser amada na mesma intensidade, que só quer que alguém consiga amar o seu caos porque ela não consegue ser calmaria o tempo inteiro.

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