Eu nunca vou conhecer você.
Não tão profundamente para que eu possa usar suas confissões contra você mesmo. Não tão bem a ponto de adivinhar seus pensamentos. Não da forma como se mostra para o mundo.
Porque, querido, você não se conhece.
Tudo que vejo são duas faces. Dois lados de uma maçã; um podre e outro doce e suculento. Mas a podridão sempre se alastra mais rápido, como um vírus interminável, assim como todas as coisas ruins do mundo.
Você é só mais um.
E, eu nunca vou saber o que sentir. Quando eu te olho, eu vejo as faces. A podridão e a doçura, mas você é como um vírus interminável, é uma doença sem cura. Um remédio sem efeito, uma casa abandonada. Ninguém poderia morrer por você.
E, eu não te conheço. Mas você também não me conhece.