Pirralho sem limites

CAP 2- uma família

[POV Shiro]

Uma manhã gelada, as ruas todas encharcadas por conta da chuva, as nuvens tapavam o sol mas mesmo assim a luz invadia as janelas das lojas, casas e predios, mas nesse domingo nenhumas das lojas decidiram abrir, o prédios continuaram silenciosos e a vida dentro das casas estava tendo dificuldade de pegar as almas que se recusavam a sair de baicho das cobertas quentinhas.

De um jeito inacreditável a única fresta que a cortina não tapou deichava uma luz fraca mas irritante iluminar justamente meu rosto.
Sem muita escolha me levantei e Fechei essa fresta pra não atrapalhar Adam, ao me virar me deparou com uma cena... Adorável, Adam dormia com um dos braços esticados servido de travesseiro pro pequeno ser que estava ali, enquanto o outro braço segurava a coberta que cobria a criança, assim abraçando a mesma, na qual estava de barriga pra cima mas com a cabeça um pouco inclinada na direção de Adam, uma cena de fazer o coração doer de tão fofa, com muito sacrifício consegui sair do quarto e desci pra cozinha.

A mesma, estava terrivelmente gelada, a lareira se apagou e fui ascender o fogo novamente, assim que se ascendeu, fechei com uma cortina de metal por conta da criança, caso quando ela acordar não bote a mão lá...

Isso me fez lembrar que devemos ver se há registro em algum orfanato dela ou se ela tem um parente, se a segunda opção existir, garanto que Adam vai ficar muito triste, mas caso não haja nenhum registro podemos adota-la, Adam gostou da criança, dava pra ver isso nele, e eu também gostei dela, vou admitir, ela ganhou meu coração em menos de pouco tempo, muito pouco tempo, e a criança precisa de ajuda, tenho quase total certeza de que seja lá o motivo que ela estava chorando se transformou em um trauma, sem sombra de duvidas, um terrível trauma, me pergunto o que a assustou...

Definitivamente esse garoto não deve e não vai ficar sozinho, eu não vou deichar. De qualquer maneira... Melhor eu fazer um cafme levantei indo direto para a cozinha onde liguei a maquina de café, coloquei o filtro e o café logo depois e esperei ficar pronto. Assim que terminado peguei a xícara e coloquei leite, me sentei na mesa e fiquei pensando tentando descobrir o que aconteceu com o menino, como ele foi parar lá? Por que estava com tanto medo? O que é o deichou assim?... Chegai a pensar que ele estava assustado por estar sozinho em uma rua tao movimentada e escura... Mas isso não o faria se encolher e ficar chorando com tanto desespero quanto estava, isso siguinifica que houve um acontecimento terrível com ele... mas o quê?... Não poderia ser algo por acaso, algum acontecimento do universo... Alguem esta metido nisso, e quem não será possível saber... Alguem fez algo terrível com essa criança... Olho Horrível... Não quero nem pensar... Apenas me encosto na cadeira e desliso sobre ela e lá fiquei... Pensando... Pouco tempo depois vejo Adam descendo as escadas abraçado os próprios braços como ae estivesse se esquentando.