Capítulo Trinta - A minha história e o meu passado.

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150 comentários e eu posto outro hj.

Louis encarou o homem em sua frente, perdido e catatônico. Harry estava pálido e Jay pôs a ficar chorosa, enquanto Mark encarava toda a cena.

Zayn abriu a boca para algum comentário. Mas foi Niall que comentou.

— Ótimo, estamos vivendo uma novela mexicana agora — Ele esfregou as têmporas — Quer saber, eu desisto.

Louis soltou-se do aperto de mãos.

— Irmão?

Ahadi deu um sorriso.

— Olhe, se não fosse por sermos de sangue, eu daria uma chance de ter como meu. Olhe para você, é muito bonito. E antes que me pergunte, meio-irmão, querido Louis.

— Se continuar com esses comentários — Harry rosnou — Eu juro que vou quebrar a sua cara.

— Vai com calma, Harry — Ahadi esticou-se — Incesto não combina comigo.

Louis se virou para o avô.

— Eu exijo explicações, não só porque caralhos eu tenho um irmão, mas disso.

Louis soltou o álbum de fotos encima da mesa de centro. Limpo e ajustado, a capa era feita de couro, com o nome de Kaled marcado delicadamente em letras cursivas. William fechou os olhos e suspirou ao sentir seu coração falhar. Louis abriu as páginas e deparou-se com a foto que o levou a visitar seu avô.

— As coordenadas dessa foto batem com o local da fazenda. Não tem erro algum. E não só isso — Ele apontou para a figura de Rihza Thomeleeson — A mesma bengala que ele usa, é a mesma que você porta em suas mãos. Só muda a cabeça dele. É um leão entalhado na sua, enquanto de Rihza é uma águia. Você me deve explicações.

William encarou aquela foto. O silêncio foi gutural naquela sala, o suspense fazendo jus. Ele ergueu os olhos para Mark que estava sério, mas via-se que seus olhos brilhavam com algumas lágrimas que iriam escapar. Jay estava tão estática quanto uma boneca de porcelana e Ahadi estava sério. Ele bateu a bengala no chão antes de se levantar e andar pela sala.

— Se eu fechar os olhos, eu poderia bem me lembrar de quando tudo aconteceu: De como eu o encontrei, caído no chão e ferido. De como ele sorriu para mim quando eu o resgatei...

— Me desculpe pelo transtorno — O jovem rapaz sorriu tímido — Meus antepassados lhe saúdam e te agradecem.

— Me diga — O jovem homem bateu a bengala no chão — Porque estava caído no chão.

— Exagerei nas doses de supressores e estou sem comer durante alguns dias. Estava fugindo de algumas coisas.

— Especificadamente de quê?

O jovem ficou cabisbaixo.

— Da pobreza e da fome de meu país. Me perdoe, se quiser me liberar, eu posso tentar arrumar um emprego na cidade vizinha e...

— O que você sabe fazer?

— Eu sei fazer muitas coisas, senhor. Cozinhar, limpar, capinar, consertar... Sou estudado também, tenho um diploma escolar, embora ele não tenha sobrevivido á travessia.

— Estou precisando de um assistente. Pode me pagar com seus serviços em minha propriedade, senhor...

— Kaled Mohawy — Ele disse, nervoso — Mas pode me chamar de Kaled.

— Feito, Kaled. Estarei te contratando.

O homem bateu a bengala no chão.

— Espere — O rapaz deitado o chamou — Eu não sei seu nome.

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