Capítulo Trinta e Dois - O Ataque da ARO.

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Louis correu até o mais fundo da floresta. Ele não via muita coisa, suas lágrimas embaçavam suas vistas, fazendo com que ele caísse algumas vezes. Droga, tudo era tão confuso.

Primeiro, descobrira que fazia parte de uma importante família. Segundo, era o único descendente vivo, o que fazia ele uma espécie de Santo Graal na linhagem. E terceiro, suas irmãs eram apenas uma grande farsa e ele tinha apenas um meio-irmão, que era também, irmão de seu Alfa.

Droga de noite mais confusa.

Ele parou alguns metros do lago. O lago dentro da floresta, onde exibia a luz do luar, iluminou-se o rosto de Louis. Vagalumes voavam e faziam a festa. Era muito belo para ser real, aquele lugar.

Ele se sentou na beira do lago. Abraçou seus joelhos e então desatou a chorar.

Por Deus, tudo o que ele queria era um pouco de paz. Um sorriso afável de seu filho, um casamento feliz com Harry e seus pais. Mas agora, se via preso em uma teia de aranha.

— Noite complicada? — A voz rouca e marcante de Ahadi se fez presente no ambiente, fazendo Louis erguer os olhos e encarar o vulto negro, sentado no tronco caído perto da água.

— Como me achou?

— Seu cheiro de Ômega meio que marca — Ahadi se aproximou — Você tem um cheiro e uma beleza, digamos... Única.

— Você é meu irmão. Não deveria estar me cantando.

— Eu sei, mas meio que também não sou seu irmão. Meio irmão. Se Harry não tivesse chegado primeiro e eu não carregasse um pouco da linhagem sanguínea, eu acho que você seria meu.

— Não quero imaginar nós dois sendo um casal.

— Eu imagino, perdoe-me.

O silêncio fez com que um sapo coasse no meio do mato, fazendo Louis esfregar os ombros.

— Eu não posso acreditar que isso está acontecendo comigo. Eu era só mais um Ômega entre milhares. Eu fugia da ARO, eu tive um filho que está sob a tutela maldita deles e tinha uma vida... Que parece que foi completamente uma mentira.

— Você não entenderia se nós contássemos para você. Se você soubesse que era um Thomeleeson, aliás, o único que pode salvar a família da extinção, não teria viajado o mundo. Não teria vivido aventuras.

— E não teria sofrido dentro de uma cela duas vezes.

— Mas também não teria Franceso.

O nome de seu filho fez Louis estremecer-se.

— Ele está vivo e fora do meu alcance.

— É o que você acha. Talvez, a gente consiga recuperar ele.

Novamente, preso no silêncio, Louis encarou Ahadi, que estava esfregando os pés na grama fresca.

— Porque eu não consigo me lembrar de você? Eu vinha para cá, diversas vezes e nunca te vi.

— Eu vivia escondido dentro das cabanas dos Ômegas. Quando você chegava, eu sempre era levado para algum canto. Ou me disfarçava com as outras crianças. Só para você não saber da minha presença.

— Gostaria de ter crescido com você, Ahadi.

— Eu também, Loueh — Ele sorriu, olhando para a água — Quando você foi mandado para Londres, voltei a viver com vovô e seu pai. Mas fiquei pouco tempo, porque logo, comecei a explorar o mundo e passei muitos anos fora. Só voltei após saber da sua gravidez.

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