Aforismas Poéticos

Política do Egoísmo

É muito claro que a natureza do ser humano sempre foi absurdamente centralizadora nos próprios ideais e convicções, desejos e satisfações. Mesmo quando o ser se compadece do outro por conta de dó ou piedade, também, em minha perspectiva, é para se satisfazer eliminando aquilo que lhe causa enfado no outro ou em prol de expressar um marketing existencial dotado de virtudes e moral religiosa que seria amor ao próximo quando o que os homens amam é o reflexo.

O que me faz afirmar isto é apenas o que os sábios diziam há alguns anos atrás.
Temos Hobbes que dizia que o homem era o lobo do próprio homem e que havia a necessidade de um Estado absolutista para, a grosso modo, controlar as relações dos homens que vivem em estado de guerra. Devido os desejos e anseios em prol da satisfação individual acabarem levando os homens a matarem uns aos outros, como posso dizer que não existe ser mais egoísta que o homem não apenas nesse sentido, em outros mais amplos também?

Segundo Edmund Burke, filósofo, ensaísta, político e pai do conservadorismo moderno, a sociedade estaria fadada a cometer os mesmos erros do passado se não conhecesse a sua história. Será possível os homens usarem o egoísmo da mesma forma daqueles nossos antepassados? Nada mais coerente que afirmar isto sem problema algum, haja vista que não existe nada de novo de baixo do sol. O monopólio incontrolável dos capitalistas selvagens onde o dinheiro compra os desejos e a virtude é anacrônica ocorre faz muito tempo. Na medida em que o poder absoluto dos socialistas que vivem as custas dos impostos e sangue dos rebeldes compra o poder através de revoluções e a liberdade de haver reciprocidade afetiva de forma mútua entre os homens seja um sonho dos idiotas úteis que se arrependem como um cão com o rabo entre as pernas também ocorrem desde os tempos de nossos antepassados.

Quando os revolucionários franceses colocaram qualquer metodologia em prol de liberdade, igualdade e fraternidade, vemos que na plaga se instala uma arena de guerra onde jacobinos, girondinos, os outros e a plebe se tornam lobos dos próprios e coitados franceses. Os ideais que sustentam o desejo por liberdade geraram inúmeras desgraças, mortes e outros males para os franceses que desejavam seus direitos sem pensar na prudência mas pensar com o egoísmo.

Outros exemplos são as revoluções socialistas que colocaram os ideais marxistas acima dls ideais individuais, o regime nazista que tinha a ambição de colocar a raça ariana como superior e utilizou todas as medidas possíveis em prol disto. De proletários e burgueses para raça ariana e excluídos só muda os protagonistas da dialética social, mas o que permanece eterno é o lobo dentro daqueles que causaram tais desgraças.

Hobbes nunca esteve tão certo acerca do homem, porém, talvez errado em como resolver. Um Estado absolutista ou uma assembleia de homens poderia ter todo o poder para representar as vontades da sociedade, seus desejos e liberdades, mas o homem é egoísta demais para governar com tanto poder na mesma medida em que é um idiota ao desejar tal coisa, pois os homens sem o Estado são demônios egoístas e com o Estado absoluto são governados por Hades que por conta da própria natureza tornaria a plaga em um inferno.

Mesmo com todos os problemas do Estado e da sociedade acerca do egoísmo e pensar no próprio bem estar, realização de seus desejos, vontades e anseios, os homens sem o Estado para criar leis que defendam nossa integridade e meios de nos satisfazermos sem interferir na liberdade de outros, nossos vinhos e águas seriam o sangues e as lágrimas e os alimentam seriam os corpos dos inimigos de nossa vontade.