Eu não parava de pensar em Lucas. Pensava nele durante o dia e sonhava com ele durante a noite, imaginava mil formas de me aproximar dele. Sempre fui muito desinibido mas quando o assunto era ele, eu não sabia o que fazer.
Não saia da casa da Thamara esperando um dia que ele fosse lá e arranjei o número dele com ela e passava o dia ensaiando mandar uma mensagem mas faltava coragem.
–Bora, minha fia, venha aqui, venha, deixe de besteira. -Eu comecei a trabalhar como vendedor numa loja de calçados e tava sendo o melhor vendedor mesmo com o dono duvidando. Fazia palhaçada e conquistava o povo, todo mundo precisa ri, né. No final do mês, ganhei meu primeiro salário e resolvi comemorar porque pobre é assim, né, não aguenta ganhar um dinheirinho que já quer se amostrar. Marcamos em um barzinho que rolava som e pedi a Thamara pra chamar o Lucas.
Me arrumei todin, enchi de perfume e saímos. Já tinha 1 hora que eu cheguei no lugar e nada de Lucas, eu já tava impaciente e já tinha feito Thamara enviar 300 mensagens pra ele pra confirmar que ele vinha mesmo. Até que ele chegou e me abraçou, eu congelei, eu tava parecendo um fresco, viji, nem me reconhecia, eu que sou todo gaiato virava uma pessoa tímida. A farrá começou, todo mundo já bebendo e dançando, comecei a notar um menino, q tava em outra mesa, olhando sem parar pra Lucas, o sangue começou a ferver, né? Palhaçada, já me agoniei, fiquei quieto só olhando, até que ele se aproximou por trás de Lucas e falou alguma coisa no ouvido nele.