Os raios solares queimam a pele da bela morena jambo e mais uma vez iniciam o capítulo roubando a cena e sendo mais úteis que todos os integrantes do grupo de amigos multiplicados por mil. As aves cantam lindamente sob a bela cobertura na capital paulista, sobrevoando a área em que a Iracema do século XXI se encontra.
Como um frango, ela se vira com a barriga para cima e depois para baixo, sempre alternando, procurando assar ambos os lados de seu corpo e conseguir uma marquinha de verão com câncer de pele, pois estava com preguiça de passar protetor solar.
Ploft!
Ela sente algo mais frio que sua pele, aquecida pelo gigante e amarelo Sol e deduz que Anderson está aplicando protetor solar em suas costas. Ótimo amigo ele era!
— Ai, obrigada, amigo! – agradece em bom e alto tom, em meio às pessoas que compartilhavam a cobertura com ela que, diga-se de passagem, estava de penetra.
Mas nada acontece.
Ela escuta algumas risadas e resolve tirar a venda que protege seus globos oculares para ver o que estava acontecendo.
— Credo, Laura! Que fedor é esse? – Fabiana pergunta, tossindo por ter engasgado com o cheiro. — Menina, um pombo cagou em você?!
— Ué mas eu pensei que era o Anderson, gente! – protesta Laura, pensando nos rituais satânicos que faria para atrasar a vida de Anderson, ainda que o alto menino não tivesse feito nada. — Om nam...
— Misericórdia, misericórdia, parou! – Marina enfia uma batata cozida na boca de Laura, na tentativa de fazê-la parar com aquele paganismo.
— Laura! O cocô de um Columba livia está nas suas costas!!! Eu sempre quis ver um de perto! – Fran exclama, abaixando para olhar o estrago bem de pertinho.
— Lá onde eu moro isso se chama fezes de pteranodonte... – murmura Mel.
— Ah é? Então toma! – Laura tomba o corpo para trás, fazendo com que o cocô vá parar impregnado na face de Fran, que chora de emoção.
— Gente pelo amor de Deus, tão filmando a gente! – Anderson vocifera, empurrando as garotas para longe dos olhos do público. — Eu só quero saber quando é que ele vai chegar pra buscar a gente...
5 dias antes...
Repórteres e jornalistas invadem a vista de quem olha para o horizonte, criando uma vegetação de cabeças e destruindo o conceito de espaço geográfico. Era tanto boi que parecia uma paisagem natural. Os amigos não sabem o que está acontecendo, mas estão adorando.
— Gente, que que tá acontecendo? – Anderson pergunta desesperado.
— Não sei, mas tô adorando. – Laura sorri para todos, concedendo entrevistas e posando para fotos.
— Daqui a pouco eles esquecem da gente. – diz Fran, segurando o pano no nariz para estancar os zero mililitros de sangue que haviam saído de seu corpo vegano.
— Tá louca?! – Fabiana diz, esperando que Éverton hackeie a conta do YouTube de Lavínia. Numa questão de segundos, ela fica pálida. Logo após isso, segura o cabelo de Marina e bate sua cabeça na mesa, fazendo com que a tonta desmaiasse. Em seguida, abraça Júlia Neunzehn, sua planta.
Meio zonza, ela tropeça na perna do meio de Éverton e solta o grito da pantera.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – grita. — GENTE OLHA A MONETIZAÇÃO DISSO! – ela aponta para a tela, assustada com a quantidade de zeros que via...
zeros à direita.
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Whomonizers
HumorAté onde se pode chegar pelo sucesso? Para esses 7 amigos, o limite é apenas uma forma dos safados capitalistas de fazer a sociedade acreditar que ficar estagnado no mesmo lugar é o destino de todos. Com muita luta, talento e matanças feitas sem...