THREE

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Dois anos antes

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Dois anos antes

A MULHER NÃO FAZIA ideia do que estava bebendo, só o que ela sabia era que, o líquido era alcoólico, caro, e tinha um gosto horrível.

A bebida escorria da taça fina de cristal para sua boca com uma naturalidade falsamente adotada, nenhum dos homens ao seu redor pareciam desconfiar de sua presença, o que a fez ficar agradecida, mas ao mesmo tempo, com raiva - por que os idiotas nunca desconfiavam de uma mulher? O machismo enraizado a irritava, mas, pelo menos nessa situação, poderia servir ao seu favor.

-Por que não se senta aqui, querida? - Pierre, o homem russo, alto e intimidador a chamou, batendo com a mão levemente no banco perto dele, perto demais dele. Ela sorriu, agindo como seu disfarce e deu mais uma bebericada na bebida que lhe fora entregue momentos antes, o alívio percorreu todo seu corpo quando seus saltos 15 tilintavam no chão para longe dos seguranças.

A mulher sorriu para o russo, agindo como fora instruída, cruzou as pernas de forma que a fenda do vestido vermelho de gala deixasse toda sua coxa direita a mostra. Claro que Pierre não deixou aquilo passar, ou o sorriso provocante no rosto da mulher, ele não era nem um pouco sutil e em milésimos de segundo sua mão estava espalmada na perna da garota. - Qual seu nome, krasavitsa?

-Margot - a mentira fluiu de sua boca tão leve como o ar, já era tão acostumada a arte de mentir que era quase como respirar- Margot Kurt, mas acredito que não esteja interessado no meu nome.

Ela sorriu e postou sua palma no peito do homem, que deu uma gargalhada alta, chamando a atenção de alguns convidados ao redor. Pierre não era tão ruim, era alto, tinha os olhos verdes claros, os cabelos escuros penteados para trás e músculos na medida certa, a garota até poderia acha-lo bonito. Se não fosse um assassino, sequestrador e traficante procurado internacionalmente.

-De onde você veio, coisa bonita? - ele perguntou, aproximando o rosto da mulher, que procurou com os olhos pelo seu objetivo

-Oh, meu pai trabalha no bufe - orquestrou a história como havia sido planejada - O convenci a me trazer, sabe... ouvi muitas histórias sobre você Sr. Lortoff, estava ansiosa para conhecê-lo.

- Só Pierre - corrigiu, o acento russo saindo carregado na voz - Uma filha de empregado? Essa é nova.

- Papai trabalha muito, todos gostam dele, achei que não teria problema - disse a garota, passando sua melhor cara de inocente que conseguiu - Mas posso ir embora, se desejar, eu não quero...-

-Mas é claro que não, krasavitsa - ele sorriu para ela novamente, a garota sabia que não havia comprado sua história, contudo, não parecia desconfiado de que ela seria uma ameaça, provavelmente só achava que era uma garota qualquer a procura de um pedaço de aventura com um mafioso procurado. Resistiu a vontade de revirar os olhos com a ideia. - Por que não conversamos num lugar mais... reservado? O baile está chato, não acha?

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⏰ Última atualização: May 13, 2020 ⏰

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𝐀𝐏𝐎𝐂𝐀𝐋𝐘𝐏𝐒𝐄 ᵈᶤᶜᵏ ᵍʳᵃʸˢᵒᶰOnde histórias criam vida. Descubra agora