40: she is not a monster

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ーMamãe! ー Harry resmungava no banco dos fundos. ーMais rápido!


ーComo é que você quer que eu vá mais rápido nesse trânsito? ー Camila respondeu, no mesmo tom de voz infantil.

ーNão sei. ー Ele suspirou. ーMas não quero deixar o Louis esperando.

ーHmm, Louis? ー A latina soltou uma risadinha. O garoto no banco dos fundos apenas desviou o olhar, provavelmente não entendeu o sentido da brincadeira.

Ah, crianças.

Camila, de certa forma, admirava a amizade dos dois garotos. Era incrível a forma de como gostavam de estar presente em qualquer situação, ou na felicidade que sentiam quando estavam juntos. Aquilo a fez lembrar dos seus tempos escolares, ela se consideraria popular no ensino fundamental, e até mesmo no médio.

Camila Cabello sempre chamava atenção por onde passava.

Lembrou-se da primeira vez que teve seu primeiro contato íntimo com uma garota. Estavam no banheiro, depois de uma aula de educação física cansativa, Camila virou-se para trás e observou a garota retirar o short moletom e entrar no chuveiro quase improvisado, então apenas ficou ali, a observando.

É claro que a garota nunca indagou sobre tal questão, já que provavelmente não havia notado, mas Camila sempre a observava depois de longos treinos, até que um dia, sentiu algumas coisas estranhas em seu corpo, suspirou pesadamente e entrou no fundo do chuveiro, esperando que o jato frio aliviasse seus pensamentos impuros.

Parou em frente a escola de Harry, abrindo a porta com certa força, retirando o pequeno de lá enquanto o mesma abria as pernas para enlaçar suas pernas na cintura da mãe, que segurou suas mãozinhas e travou o carro.

ーMe diga que vai se comportar hoje, ok? ー Sorriu para o menor. ーAcredite. A última coisa de que preciso, é de mais um problema. ー Suspirou.

ーPode deixar comigo, mama! ー O garoto ergueu o punho, enquanto observava a mãe abrir os dois braços.

Camila o envolveu em um abraço e apertou suas bochechinhas com força, fazia um tempo desde que havia arranjado um tempo para exercer corretamente sua função de mãe. E naquele momento, não pensava em nada menos do que recompensar e planejar um passeio com o menor antes que fosse tarde demais.

Ela sabia de sua puberdade, sabia que no futuro ele teria de passar por todas as fases da vida, e enfrentar uma garota determinada na fase da adolescência com certeza não seria sua praia, então teria que aproveitar enquanto era doce e amável.

E é claro, ela já havia tido essa fase também, inclusive, fora nessa mesma fase em que teve seu coração partido pela primeira vez. Hailee Steinfield. A mulher, cujo brincou com seu coração pela primeira vez na vida, a mulher que até pouco tempo - um ou dois anos - não havia superado, apenas por esse fato.

A latina nunca havia se apaixonado, mas quando a viu pela primeira vez, entrando no mesmo ônibus escolar, sentando ao seu lado enquanto cantarolava uma música qualquer, que consequentemente, era sua favorita, não hesitou em começar uma conversa.

Mas a mulher era uma puta. Uma puta de um fodida, tinha problemas familiares, problemas em estabelecer apenas um sentimento, era concretra e intensa demais para um coraçãozinho tão mole e indefeso quanto o de Camila, e quando ela explodiu, a despedaçou por inteiro.

Camila conseguia lembrar-se dos seus pais mencionando o nome de Austin, seu ex-esposo, cujo pai, era grande amigo do seu pai, e ela sabia que ali havia questões de negócio. Eles tinham uma boa relação, mas o sexo com o sexo oposto não se comparava ao simples toque de lábios e alguns amassos com mãos bobas que manteu com o rapaz de cabelos castanhos que tanto revirou sua mente.

Redemption (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora