A Bela e a Fera - Série Contos Modernos

Capítulo 2

Bella

A manhã estava perfeita para cuidar do jardim, mas antes preparei o café da manhã sempre levanto antes do meu pai, afinal ele iria entregar vários currículos pela cidade e teria que tomar um café da manhã bem reforçado.

— Hmmm que cheiro bom — ouvi a voz do meu pai que acaba de entrar na cozinha.

— Bom dia pai — sorrio e me junto a ele na mesa — pronto para entregar currículos?

— Assim que terminar esse café delicioso que minha filha preparou, estarei pronto — ele sorri e dá uma mordida em seu croissant e um gole em seu café.

— O senhor poderia ir aquele restaurante e entregar currículo né? Assim você trabalha com a garçonete simpática.

Meu pai quase guspiu o café quente, mas eu sabia que ele tinha se sentido atraído pela jovem garçonete.

— Filha, não sei se vão me aceitar em algum emprego, mesmo que seja em um certo restaurante, acho que não aceitariam um “cientista maluco”.

— Não diga besteiras, o senhor não é maluco, mas por via das dúvidas, se eu fosse o senhor tentava a sorte.

Ele não disse nada, apenas terminou seu café, se levantou e falou que voltaria a tarde, depositou um beijo em minha testa e saiu.

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Limpei a casa, cuidei um pouco do jardim, ainda estava claro, deixei um bilhete para o meu pai, durante nossa volta para casa no dia anterior avistei uma biblioteca e sempre fui fascinada por livros, de qualquer gênero.

Fui caminhando até a biblioteca e um senhor super simpático pareceu bem contente.

— Seja bem-vinda senhorita, em que posso ajudá-la?

— Merci monsieur, gostaria de saber se o senhor conhece algum livro de aventura e romance.

— Bom, temos vários e pelo que posso ver a senhorita não é daqui.

— A sim, eu sou da França, me mudei ontem — sorri simpática e o senhor retribuiu.

— Bom, bem-vinda mais uma vez e tenho exatamente o livro que quer — ele vai a uma das prateleiras, eu o sigo e logo ele me entrega um livro, a capa era de camurça azul royal e as letras em dourado. — a senhorita tem cara de que gosta de clássicos e de magia.

— Sim, gosto bastante mas este livro não tem sinopse.

— Deve ser por que você deva ler e descobrir a história por si.

Vou ser sincera de que as vezes eu julgo um livro por sua sinopse, muitas pessoas vão por sua aparência, mas não custa nada ler um livro em que só se tenha o título, que só depois me atentei que estava escrito “Aladdin” era uma das minhas histórias favoritas.

— Vou levar.

O senhor sorriu, ele fez uma carteirinha, carimbou e assim que me entregou o livro disse.

— Precisamos de mais jovens como você, quase ninguém nessa cidade vem aqui.

— O senhor pode ter certeza de que sempre virei aqui.

O senhor sorriu e assim saio da biblioteca, com um livro para passar a tarde lendo, acontece que durante o percurso de volta para caaa esbarro em alguém.

— Me desculpe — eu reconhecia essa voz, quando olho era Gabriel, todo suado, de regata e short com uma garrafinha de água na mão. — Bella?

— Gabriel? O que faz aqui?

— Eu moro aqui agora Bella, na verdade estou por tempo indeterminado a trabalho, o que eu devo a sua linda presença? — ele sorri de forma galanteadora.

Por mais que eu deteste sua presença e seus galanteios decido não utilizar minhas três regrinhas, afinal acho que fui um pouco mal educada quando nos encontrarmos no avião.

— Bom, estou morando aqui na cidade também, meu pai está procurando emprego.

— Tendo a fama de maluco, eu acho difícil... — nem deixei que terminasse de falar e minha mão estala um tapa em seu rosto.

— Nunca fale do meu pai assim — estava nervosa demais, meu sangue fervia de raiva e aponto o dedo no rosto dele — meu pai é um homem bom, batalhou por anos para me dar o melhor ele é meu herói, se eu fosse você nunca mais dirigiria a palavra a mim — me viro e vou caminhando apressada para casa, segurando minhas lágrimas.

Ao chegar em casa vou para o meu quarto e deixo que as lagrimas escorram por minhas bochechas, foram horas deitada chorando até que adormecesse.

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