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— Por que você está sempre agindo como se eu pudesse fazer algum... algum tipo de truque mágico? Eu acho que isso é um pouco seu, problemas com portas e tal. — Zayn diz, depois que Liam o pede para pensar em algo. 

Se ele soubesse o quanto Zayn tem tido problemas com pensar por causa dele, ele acha que Liam até evitaria tocar no assunto.

A situação em si os irrita com facilidade, porque eles estão neste lugar por horas, e focados em uma coisa, então eles estão impacientes, com fome, com calor e, como se não fosse o bastante, presos. Zayn é o que fica irritado mais fácil, ele meio que tem uma tendência a isso, e Liam colabora em nada com ele.

Liam não vê outra alternativa e começa a bater na porta. Ele pensa que talvez alguém possa ouvir; um zelador, um aluno... qualquer pessoa que esteja por perto. No entanto, nada acontece.

Zayn abre as cortinas, as que eles fecharam quando estavam prestes a irem embora, só que, neste momento, não faz muita diferença; o céu está escuro, a iluminação é quase mínima. Ele se inclina sobre os próprios pés e consegue ver o gramado, porque eles estão em um piso alto e as janelas oferecem uma boa vista de todo o campus, mas é o fato de ser alto demais que não faz ser útil para o que eles precisam que seja. 

— Seu celular, me empreste! — Liam pede, optando por fazer o menor barulho que ele pode, agora. Ele está ficando estressado e ele tem noção que é em razão do sono e do cansaço que ele sente. Encostado contra a porta, ele diz: — Vou ligar para Louis, ele pode vir e tentar alertar alguém. Sei lá, qualquer coisa. —

Zayn fica empolgado com a ideia; eles meio que ficaram muito desesperados para encontrar uma saída aparente, então acabaram se esquecendo de opções muito óbvias, como uma ligação de celular. 

A empolgação dele diminui quando ele mexe nos bolsos, e não encontra o aparelho.

— Eu acho que– — ele continua mexendo, como aquela esperança que você nutre até o final, mesmo sabendo que não vai acontecer. — Droga, eu não estou com ele. Harry gosta de usar eventualmente, eu nunca estou totalmente focado. É só... hábito. —

— Nós só temos que esperar. É uma merda, mas vamos esperar que alguém dê falta de nós. É assim que as pessoas são encontradas, não é? — Liam faz a pergunta, mas é retórica. Ele está frustrado. Ele tira a regata e vai para o canto da sala, com uma postura de quem foi vencido. Zayn suspira, quase pedindo uma pausa de toda a situação para perguntá-lo se ele quer realmente mexer com a mente de Zayn no meio disso. — Eu não levo o celular para o treino, também. —

Zayn só se encosta em uma das estantes, mordendo a parte superior do polegar.

— Há uma alternativa, mas precisaríamos de uma forja. — ele diz. — É arriscado, mas nós poderíamos derreter uma parte do alumínio, uma abertura suficiente para cruzar o pulso. O que não nos garantiria nada, para ser honesto. —

Liam não responde, porque ele só– qualquer coisa que Zayn quisesse fazer, ele toparia. Ele sorri, tendo certeza que Zayn não está o vendo no ambiente escuro, porque ele não faz ideia do que seja uma forja.

— Harry vai aparecer em breve. Ele tem um compromisso, mas ele vai estar aqui. — Zayn volta a dizer, como se externar o pensamento fizesse com que, de alguma forma, ele se concretizasse mais rápido.

Mas não é o que acontece. Uma hora mais tarde, ambos já estão estipulando um horário do dia posterior, porque eles realmente pararam de contar com a possibilidade de alguém aparecer pelas próximas horas. Está ficando um pouco mais tarde a cada minuto posterior e a tendência é que todo mundo se recolha em seus próprios alojamentos, o que dificulta toda a coisa para eles.

inde i rummet  ziamOnde histórias criam vida. Descubra agora