O...Hero o quê?

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        Peguei a lista que a MOBs enviara —com as coisas que eles esperavam do meu monstro —para dar uma olhada. Ao terminar de ler, fiquei completamente indignada. Eles querem o quê? Que eu crie um monstro ou uma bomba nuclear? Não. De jeito nenhum. Vai ser do jeito que eu quero e pronto!

E a propósito, quem eles pensam que são pra dar um nome pro meu monstro? E um nome esquisito ainda por cima! Hero...o quê? Tá maluco! Nunca!

Joguei a lista na minha escrivaninha, sem me importar se o vento a levaria para longe. Peguei a minha mochila e coloquei os materiais que havia comprado sobre a minha mesa de trabalho.

A parte mais difícil de criar um monstro é criar a sua essência. O material que dará forma a ele, que o dará uma alma.Felizmente, eu guardo a essência de todos os monstros que crio, logo eu não preciso ter o mesmo trabalho exaustivo sempre.

Eu me aproximei da cama e vasculhei embaixo dela até achar um cofre. Segurei em sua lateral até que ele detectasse minha energia e abrisse. Dentro dele, havia um pequeno frasco e a quantidade de cada ingrediente que eu tinha que colocar.

Fitei o frasco por um momento, me perdendo em pensamentos. Essa era a única essência para criar humanos que eu tinha. E além disso, era a única no mundo todo que funcionava. Tanto para a bruxaria quanto para a alquimia, era considerado impossível criar um humano artificialmente. Mas não para os meus pais.

Eu não sei o que aconteceu com o humano que eles criaram, mas eu sei que funciona.

Voltei ao caldeirão e, num estalar de dedos, acendi a lenha que havia em baixo do mesmo. Despejei todo o líquido rosa no caldeirão,que começou a reagir imediatamente ao calor. Em seguida, comecei a despejar no caldeirão todos os ingredientes que eu precisava para criar o humano na fase adulta.

É óbvio que um humano normal não pode combater uma organização inteira, então eu teria de improvisar.

Comecei a jogar gotas de essências de outros monstros no caldeirão, junto com seu material característico (exemplo: para uma gota de essência de ender, eu joguei uma pérola quebrada).

No fim das contas, eu tinha uma massaroca difícil de misturar, que soltava uma fumaça multicolorida que escapava pelas janelas da casa. É nessas horas que eu agradeço por morar num local isolado.

Após MUITO tempo, a mistura parou de soltar fumaça e eu parei de mexe-la. Joguei a colher de pau fora e fiquei fitando aquilo por um momento.

Agora é só esperar e ver que bicho vai dar.

Procura-se Uma AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora