Capítulo 5- Sozinho

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- COMO ASSIM VOCÊ NÃO DESCOBRIU QUEM ELA É FINN? VOCÊ ESTAVA COM A CABEÇA AONDE CARALHO? - Sadie grita totalmente descontrolada na frente de todos.

Nós estávamos outra vez sentados ao redor da grande mesa de reuniões discutindo sobre o plano que eu literalmente destrui.

"Desculpa se eu tava ocupado demais transando com ela, ok Sadie?" A pergunta retórica passou diversas vezes pela minha cabeça e vez ou outra as palavras até ousaram saírem da minha boca, mas ao invés disso tudo o que eu disse foi:

- Ela deixou um bilhete. - saiu como um sussurro quase imperceptível, mas ainda assim a ruiva pôs seus ouvidos a alerta.

- QUE CARALHO DE BILHETE FINN? - A raiva era notável em sua fala.

- É Sadie, a porra de um bilhete tá legal? - Digo lançando o pedaço de papel que estava no bolso da minha calça jeans em suas mãos pálidas. A garota ruiva lê atentamente e quando acaba ergue seu rosto me lançando um olhar mortal.

- "Definitivamente a noite foi ótima". - Ela lê exatamente o que está escrito no bilhete com a voz infantilizada e todos observam assustados com o surto da ruiva. - VAI SE FUDER FINN, POR ACASO O QUE, VOCÊ PAGOU UM DRINK PRA ELA E DEPOIS LEVOU-A PARA UMA SUÍTE CINCO ESTRELAS? - Ela pergunta com o tom de sua voz alterada chutando algo que eu pudesse ter feito para a garota dizer que a noite tinha sido ótima. Sadie só não contava com a parte que ela estava certa. Por um momento um silêncio, nada nem ninguém se opôs, nem mesmo eu.

- Eu sabia...seu canalha. - Ela abaixa seu tom dando uma risada cínica. - Todos se matando para o plano dar certo e Finn Wolfhard fazendo o que? Transando sabe-se lá com quem seja essa garota. - Está claro no semblante de Sadie que ela está profundamente chateada. - Sinceramente Finn, eu esperava mais de você.

- Eu também esperava mais de mim. - Ninguém esperava por essa resposta então todos arregalam os olhos e ligeiramente abaixam a cabeça.

Sadie se levanta da cadeira confortável e para exatamente á minha frente, gesticulando os lábios. - Diferente de você Finn, eu consegui alguma coisa, assim como Noah e Jack. - Ela diz e os dois homens concordam com a cabeça.

- Eu e Jack vasculhamos a festa inteira atrás de algum suspeito. - Ele começa um discurso. - e chegamos a um homem que fazia parte da gangue de Sartorius e como o mesmo não ousou por os pés na festa invés de seduzi-lo ela fez isso com Jaeden Lieberher.

- E consegui isso, - Ela abre a palma de sua mão no meu campo de visão revelando um pedaço de papel com um endereço. - Jaeden afirmou com todas as letras que Sartorius estaria neste mesmo endereço amanhã à noite.

- E o que fizeram com seu capanga? - Eu questiono Noah e Jack.

- O matamos. - Jack constata em um tom seco.

Sadie se encolhe um pouco ao ouvir o que o garoto dos cabelos rebeldes disse, mas logo volta sua atenção para mim retomando sua postura decidida. - Agora Finn, você cuida desse jogo sozinho, eu to fora.

- Sério Sadie? Patético. - Eu reviro os olhos.

- Completamente meu bem. - Ela confirma e então deixa a sala de reuniões.

- Mais alguém? - Eu pergunto não esperando por nem uma palavra ou atitude de qualquer um ali presente.

- Desculpa cara, mas você ferrou tudo, está sozinho nessa. - Gaten solta as palavras quase como num sussurro e então se levanta e caminha até o batente da porta. Logo após Noah e Jack fazem o mesmo e por fim, Caleb sai batendo à porta fechando-a.

Sim, eu estava mesmo sozinho nessa. Eu até esperava aquilo de Sadie, mas dos meus outros amigos, jamais. E então a realidade agora era essa, a minha gangue tinha me abandonado, Sartorius fudeu com todo o meu esquema de vendas, metade das minhas drogas foram roubadas e eu estava sozinho. Não tinha ninguém ali além de, mim mesmo.

Mas como eu disse dês do início, eu era uma pessoa independente e resolvia os meus negócios, mesmo que eles não fossem certos, sozinho. E era isso que eu ia fazer, recuperar minhas drogas e voltar para o topo, ser novamente a estrela do mundo do crime, o traficante mais bem sucedido atualmente. Iria caçar Jacob Sartorius até o inferno e iria fazê-lo implorar pela morte. Iria descobrir quem era aquela garota e o mais importante, iria voltar a ser o grandioso, Finn Wolfhard.

Eu iria provar para a minha própria gangue, aqueles que me deixaram quando eu mais precisei, que eu sou a porra do Finn Wolfhard. Sou eu quem mando, eu quem decido e nada nem ninguém nunca vai ser capaz de mudar isso, nem que eu tenha que matar um, por um.

Instintivamente um sorriso malicioso aparece em meus lábios. É como se eu tivesse desligado a humanidade, tivesse perdido completamente a sanidade. Eu estava cego, mas não era mais pro desejo, e sim pelo ódio. Eu estava sedento por vingança e eu não podia ficar sentado esperando ela acontecer sozinha, eu tinha que agir.

Eu levanto da cadeira e agarro a minha jaqueta de couro preta colocando-a sobre os meus ombros. Pulo a chave da Ferrari de uma mão para a outra e passo pela porta da sala de reuniões. Eu observo o céu azulado e o movimento das ruas e chego à conclusão que a paisagem diante dos meus olhos está linda. Afinal, hoje é um belo dia para matar alguém, não?

 Afinal, hoje é um belo dia para matar alguém, não?

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Bom, agora finalmente parece que Finn acordou para a vida né galera? KKKKKK
Agora o negócio vai pegar fogo hihi
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Obrigado por ter lido até aqui, deixe um comentário e não esqueça de favoritar a fanfic.

Beijinhos, C. ❤️

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