Capítulo 7- A pista

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- Você é um grande e tremendo filho da puta Wolfhard! - Sartorius afirma enquanto tenta acompanhar os meus passos com tamanha dificuldade por conta do tiro que eu lhe acertei a alguns dias atrás.

Nós dois estamos extremamente focados na missão de acabar com o chefe da gangue Sartorius, mas estamos a dias atrás de pistas do seu último paradeiro e nada. É como se, ele tivesse sumido e nós não iríamos encontrá-lo a menos que ele quisesse ser encontrado.

- A cada dia que passa eu confio menos nas suas palavras Sartorius. Porque simplesmente você não diz o nome da porra do chefe e eu acabo com esta palhaçada?

Ele para estático equilibrando a perna danificada em uma muleta e me encara profundamente procurando as palavras certas.

- Porque seu babaca, existem membros da minha família que fazem parte da gangue. E a pessoa com quem nós estamos lidando não é qualquer chefe, ele é esperto. Se ele souber que eu estou te ajudando, os primeiros a saírem feridos nesta história são a minha família. - Agora Sartorius retoma os movimentos e continua andando. - Então, eu prefiro manter a identidade dele em segredo até que você mesmo descubra. E se fosse tão esperto quanto diz ser, já teria descoberto.

Meus instintos imediatamente reprovam as palavras de Sartorius quanto à questão da minha inteligência, e me fazem querer acertar um murro bem no meio da sua face. Mas, eu simplesmente arranco o cartão do quarto de Hotel que estamos hospedados de uma de suas mãos rapidamente e o passo na porta acinzentada com os grandes números escritos "201".

Eu adentro em passos largos o pequeno cômodo e largo minha mala preta encima de uma das duas camas com lençóis brancos. Agarro o zíper da mesma a fim de abri-lá e pego o mapa e o notebook que estão ali dentro pondo-os encima da escrivaninha velha e empoeirada.

Ligo o notebook com agilidade e abro o mapa. Observo atentamente os 6 campos de diferentes regiões do papel velho circulados com um marcador vermelho e aquilo me faz bufar. Sobrou apenas mais uma gangue para falarmos sobre o chefe da máfia Sartorius procurando por pistas e acredito que essa seja a nossa última chance.

- A gente não pode dar mole Jacob, tem que ser essa gangue. - Eu afirmo com firmeza apontando com o indicador a única região no mapa que não está circulada.

Jacob olha atentamente e memoriza nomes de ruas e números de localizações próximas ao ponto da Gangue que procuramos e posso jurar  que vejo um sorriso se formar no canto de seus lábios, como se ele se sentisse vitorioso.

- Vamos babaca. - Ele se afasta em passos curtos e lentos por conta de sua incapacidade de ter 100% da locomoção de sua perna com as chaves da minha Ferrari em mãos.

Eu arranco a mesma de Jacob e avanço em sua frente. Dando a partida para o nosso destino.

- Quando é que você vai parar de arrancar as coisas das minhas mãos Wolfhard? - Jacob lança a pergunta e da uma revirada de olhos me fazendo rir.
                                .................

Faz algum tempo que estamos na estrada. Jacob me orientou o caminho inteiro através do mapa que agora, indicava que o ponto exatamente onde estávamos era o local da gangue que procurávamos. Eu desligo o carro e desço girando as chaves da Ferrari pelos meus dedos como de costume.

Jacob me acompanha até a porta vermelha da grande casa silenciosa. Eu aperto a pequena campainha na esperança de que alguém apareça para nos recepcionar e olho para Sartorius que parece meio receado com a situação.

- O que foi? - Pergunto para o mesmo.

- O que foi o que? - Ele franze a testa e eu reviro os olhos em reprovação.

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