Dedos impacientes batucavam o volante do carro, enquanto, uma forte chuva caia e produzia um som irritante na lataria do carro. O para-brisa estava acionado, mas os pingos eram densos demais para capturar qualquer movimento do lado de fora.
Ela não via absolutamente nada.
E isso estava a incomodando, já que encontrava-se em meio de uma viela à meia-noite.
Uma rachada de trovões provocou-lhe um arrepio intenso na nuca. Quase arrependeu-se por estar ali, a mercê da sorte. Quase, se não fosse as chamas de vingança que corria as suas veias.
Ninguém brincava com ela e saia totalmente ileso. Ela fazia questão de provocar qualquer consequência de uma reação contrária que não fosse a sua. Não tinha limites, e não procurava ter.
Depois que causasse o dano, sumiria do mapa. Tinha dinheiro, e um amante milionário para bancá-la até que a própria enjoasse dele, e pulasse no colo de um homem mais rico.
Ela era uma aproveitadora e enchia-se de orgulho disto.
A porta de passageiro abriu abruptamente, e ela sobressaltou de susto ao ver a figura toda de preto e molhada escorregar para o banco de couro do seu carro.
— Que susto, imbecil! — Reclamou com a mão na altura do peito. — Quase me mataste do coração.
— E a humanidade agradeceria por isso. — Ele ironizou, a olhando. Tão bela, mas tão fútil.
Ela revirou os olhos.
— Cadê a mercadoria?
— Cadê a segunda parte do meu dinheiro?
Os dois se entreolharam friamente. Estava bem claro que não se confiavam.
— Mostre primeiro a mercadoria.
— Mostre-me o dinheiro.
Ela bufou, percebendo que se continuasse daquele jeito, passaria mais tempo que desejava, puxou debaixo do assento um envelope com milhares de dólares e jogou no colo dele. O homem pegou o envelope e contou as cédulas, os olhos brilhando em cada dólares contado.
— Vai demorar muito? — Ela quis saber, impaciente.
— Não, madame. — Ele guardou o envelope dentro do casaco, então, retirou um pote térmico de inox. — Aqui está!
Ela pegou o pote que estava gelado e o abriu, olhando o interior rapidamente.
— Não tinha outro meio melhor para transportá-lo? — Questionou com a boca torcida.
— Foi o que deu. Você me contratou para um serviço e eu fiz, se quisesse qualidade suprema que o fizesse com as suas próprias mãos. — Ele retrucou e abriu a porta do carro, já colocando as pernas para fora. — Foi um prazer trabalhar com você, madame, precisando...
A porta foi fechada, e ela as travou.
Os seus olhos claros estavam fixos no pote a sua frente. O conteúdo iria mudar a vida de não apenas uma, mas como duas pessoas. E particularmente, não seria uma mudança muito agradável para os envolvidos.
Ela sorriu abertamente.
É Camila Cabello, você dispensou a mulher errada.
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Pregnant By Accident
Fanfiction(CONCLUÍDA) Já dizia Sócrates: "Uma mulher vingativa é mais terrível do que uma leoa faminta". Obviamente que Camila Cabello não fazia a menor ideia disto, até que algo bem inusitado lhe aconteceu. Nunca imaginou em toda a sua vida que seria obrigad...