Capítulo cinco

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Sabe quando você parece que está estagnada no tempo enquanto ele corre bem diante dos seus olhos?

Essa é a minha situação. Eu vejo e presencio coisas, mas parece que minha mente entrou em um estado catatônico. Ainda estou assimilando as coisas que me aconteceram, tentando acreditar no mal carácter de Taylor.

Obviamente que tinha uma dúvida latejando dentro do meu coração que estava em processo de negação. Uma voz dentro de mim, me dizia que a minha própria irmã não poderia ser tão cruel comigo e me submeter a algo tão desonesto e constrangedor.

Não que ter um filho é isso, mas a situação que ele foi me dado... Roubo de óvulos fecundados e Fertilização In Vitro sem autorização da minha parte ou da dona dos óvulos é um nível de desonestidade que eu não posso nem qualificar.

Minha consciência queria me estapear por eu ainda ter um pouco de fé na Taylor, mesmo depois de tudo. Mas a questão é, quando você ama demais e acredita fielmente em uma pessoa, ao se deparar com a decepção e a verdade dói muito, a minha ficha ainda não tinha caído, mesmo com todas as provas gritando na minha cara que sim, Taylor é uma pilantra.

Meu coração arranjou algumas desculpas que não me convencia completamente. Sempre que uma desculpa era dada, a minha consciência fazia questão de relembrar da carta... Oh, Cristo! Aquela maldita carta com a letra tão bem desenhada da minha irmã, o veneno em cada palavra, parecia surreal que Taylor, a minha Taylor que amei tanto e dei tanto carinho pudesse ser tão tóxica a ponto de destruir vidas.

Esse tipo de coisa, marca profundamente. Camila ficaria marcada com o seu desejo perdido de ter um filho com uma mulher que realmente ama. Mesmo eu sendo apenas a hospedeira – como ela gosta de dizer – do seu filho, ela ficará com a lembrança de que quem o gerou foi uma desconhecida que ela abertamente odeia.

Enquanto eu... Bem, terei que aprender a viver longe do pequeno ser que está se formando dentro de mim, que mesmo sabendo de sua existência poucos dias, já o amo...

O amo tanto que só de imaginá-lo bem acolhido em meu ventre me faz sorrir e esquecer de toda a sujeira que me rodeia.

Eu o queria para mim, queria mimá-lo todos os dias e lhe oferecer o meu amor. Certamente, seria a criança mais amada e querida de todo o mundo. Seria maravilhoso compartilhar o crescimento dela, a ver correndo e brincando pela casa e depois vir até a mim com um sorriso aberto dizendo que me ama...

Meu coração até incha de tanto amor ao fantasiar esse momento.

Uma pena que isso não vai acontecer.

O contrato que assinei, uma cláusula estava bem explicativa: Eu não tenho e não terei nenhum direito sobre a criança, e assim que ela nascer, eu devo a entregar imediatamente para a progenitora, sem nenhum tipo de contato.

Ao assinar o contrato, eu abrir mão parcialmente da minha liberdade por nove meses. Isso inclui a minha mudança para a casa de Camila Cabello em sua terra natal. Ela quer acompanhar de perto o desenvolvimento da gravidez e não poderia fazer isso por telefonemas, fotos ou vídeos, ela quer presencial. Não me agradei nesse tópico de ter que abandonar tudo para ir com a Camila, mas eu nada disse. Não quando tenho uma dívida moral para com ela.

Ela me deu uns dias para que eu resolver tudo antes da nossa partida.

Eu não tinha muito que resolver. Minha vida não era o auge da agitação e apenas com um emprego, foi muito fácil de resolver. Ally foi bastante compreensiva, desejou-me sorte e pagou-me uma quantia pelo tempo de serviço, eu ainda quis cumprir os dias que ficaria em Nova York como aviso-prévio, mas ela não aceitou, dizendo que minha vida estava muito atribulada para eu me preocupar com trabalho.

Pregnant By AccidentOnde histórias criam vida. Descubra agora