Alucinação?

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Era tarde, sim de fato era muito tarde e Amélia caminhava pelas ruas frias e sem vida de Seattle em direção a sua casa, questionando mentalmente o motivo pelo qual deixou seu carro sem o pneu reserva, sendo que obviamente um dia precisaria. Mas tudo era tão sem graça e monótono em sua vida que duvidou algo grandioso acontecer, bem agora não estava sendo tão monótono e muito menos sem graça assim.

Quando somos crianças nos ensinam a diferenciar as cores, formas, vozes e pessoas, mas para Amélia a única cor que emergia em sua vida era o azul, sendo ele em dois tons, o claro e o escuro, e essa emersão acontecia nas pessoas, ela percebia pelas cores como estava o humor delas, quão felizes estavam naquele momento e até talvez fazer uma média de idade (já que a cor azul mudava de claro para escuro).

Andando naquela rua fria e escura uma luz vermelha escarlate mostrava uma placa de um estabelecimento, aparentemente uma tabacaria, mas o que lhe chamou atenção não fora o lugar, mas a pessoa que saiu pela porta fazendo o pequeno sino soar não só dentro da loja possivelmente mas como ali naquele pequeno perímetro entre a garota e a loja. Quando o olhar do jovem subiu para o seu, Amélia se sentiu surpresa e intimidada, intimidada pelo olhar que lhe foi lançado, um olhar vazio, sem fundo. E surpresa simplesmente pela neblina do mesmo, não sabia se era pela luz da placa enorme sobre ele escrita "SAÍDA" mas o que via não era uma alma, neblina, áurea azul clara ou escura mas sim vermelha.

-Vermelha? Como?

Se alto questionou, e quando notou o rapaz a sua frente revirava os olhos e caminhava para longe dali, fazendo a fumaça do maço de cigarro em seus lábios subir e sumir em seguida, e de alguma forma, deixar ainda mais viva cor vermelha que predominava naquele garoto. O garoto vermelho

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