-Sim amor - disse Bernardo ao telefone - eu vou me casar.
Escondi-me perto de uma parede onde ele não me viu.
-A Alice é tão idiota - continuou ele no celular - assim que eu ter aquele corpo delicioso e conseguir roubar a herança que o pai dela deixou, eu volto pra você. Não fica com ciúme amor.
As lágrimas caiam devagar dos meus olhos.
-Eu mereço pelo menos isso dela, foi difícil - continuou ele - primeiro eu tive que matar o pai dela, ele veio até aqui e disse que sabia o tipo de homem que eu era e ia me colocar atrás das grades. Depois que ele foi pra fábrica dele eu mandei cortarem os freios do carro daquele encosto, e quer saber de uma coisa?
Foi tarde!
Bernardo deu uma risada sinistra, me apavorando ainda mais.
-Depois para completar foi a vez de eu me livrar daquele primo enxerido - continuou ele - acredita ele também veio atrás de mim? E o filho da mãe me deu um soco no estomago, peguei um pedaço de corda daqui de casa e enforquei ele.- Não vão descobrir. - Ele falou com orgulho. - Fazer todos acreditarem que havia sido suicídio foi fácil, eu só tive que fazer algo parecido com o que fiz com a Marcela, pra parecer que tudo foi suicídio.
Coloquei a mão na boca tentando abafar o choro.
-Alice é rica - disse ele no telefone - depois de eu roubar o dinheiro dela e claro dormir com ela, eu sumo da vida dela, de novo.
A bolsa que eu estava segurando caiu no chão fazendo barulho no carpete.
Bernardo olhou para trás assustado.
-Te ligo mais tarde - disse ele desligando o celular.
Ele me olhou desconfiado.
-Meu amor - disse ele - faz tempo que está ai?
-Tempo suficiente pra saber o monstro que você é - disse eu chorando - nosso casamento já era, seu psicopata.
Ele me olhou enfurecido tentei me virar para sair, mas ele agarrou meu braço com força.
-Nada disso Alice - disse com uma voz fria e exaltada - nosso casamento vai acontecer.
Bati nele na esperança dele soltar meu braço.
-Me solta - gritei - você ta me machucando.
Ele me puxou e me jogou no sofá.
-Se não vamos nos casar - disse ele tirando a calça jeans - eu vou pelo menos querer o prêmio por ter te aturado esse tempo todo.
-Me solta! - gritei em desespero - Socorro!
Bernardo arrancou minha roupa violentamente.
Enquanto segurava meu pescoço tirou a roupa também, ele apertou tanto meu pescoço que eu comecei a ficar sem ar e sem forças para tentar impedir, o que ele estava fazendo.
Não sei quanto tempo durou, mas quando acabou eu estava jogada no chão imóvel. Senti algo escorrendo por entre minhas pernas, me desesperei quando coloquei a mão e vi que era sangue.
Vi Bernardo colocar a calça e ir até a geladeira do apartamento que não era muito grande.
-Acabou a cerveja - disse ele.
O monstro veio até mim e me olhou com seus olhos verdes.
-Fica ai amorzinho - disse num tom psicopata - eu vou comprar cerveja e já volto pra gente continuar o que começou. Tá?
Ele vestiu a camisa e saiu pela porta.
Eu sentia dor por todo o corpo, não queria admitir mas eu havia sido estuprada pelo o homem que eu achava ser o homem da minha vida.
Ainda caída no chão vi minha bolsa perto da porta e com muita dificuldade me arrastei até ela.
Abri a bolsa e peguei meu celular.
Disquei o primeiro numero que veio em minha mente.
Depois de dois toques de espera uma voz atendeu.
-Alô - disse a voz.
-Vitor - disse eu sussurrando - socorro,
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Não Se Apaixone Por Mim
Roman d'amour"Meu nome é Vitor e você me parece ser uma pessoa legal. Sente aí, que eu te conto minha história. Só me prometa 3 coisas: 1- Preste atenção nos detalhes. 2-Contenham as lágrimas caso elas venham." 3- Não se apaixone por mim. Escrita por Ian Felipe...