Carol's Point of View
Estava feliz, mas essa era a última vez que eu perdoou ela, espero não perder meu tempo.Limns continuava parada, me olhando. Onde ela estava querendo chegar?
Limns-Olha eu não quero te assustar, se não quiser fazer a promessa, não tem problema, vi esse tipo de promessa em um filme, e eu quero fazer ela, porque não iremos esquecer, basta olhar pra nossas mãos que lembraremos uma da outra. - Eu continuava confusa, para mim, as pessoas fazem promessa de dedinho.
Carol-O que eu tenho que fazer? - Eu não queria parecer medrosa, ou assustada na frente de Limns, na verdade queria parecer forte, queria ser como ela, ou a minha mãe.
Limns-Fazemos um corte bem aqui. - Disse apontando para o final do seu polegar. - E depois damos um beijinho. - Arregalei os olhos, talvez eu não devesse fazer aquilo. Beijar não é só para adultos? - Se não quiser fazer tudo bem! - Percebi o olhar meio triste de Day. Ela logo me mostrou seu dedinho.
Vamos, faça, como quer ter amigos se não se arrisca? Vamos,você consegue Caroline! Repetia diversas vezes na minha cabeça, fui até a gaveta da cozinha e peguei uma faca, e logo entreguei a Limns, que sorriu.
Limns-Quer ir primeiro? - Assenti e Limns me deu a faca e extendeu a mão para mim mim, olhei nos seus olhos e posicionei a faca onde queria cortar.
Carol-Prometo, que nunca vou te abandonar! - Fiz o corte, e logo o sangue escorreu, olhei para Day que tava com uma careta. Dei a faca para ela, e extendi o braço pra ela.
Limns-Carol, eu prometo ser sua melhor amiga, pro resto de sua vida, e quando senti a minha falta, apenas olhe para a sua mão.- Senti uma leve ardência e o sangue jorra devagar. Limns colocou a faca em cima do balcão e veio até mim. - Temos que beijar agora! - Como Limns era maior que eu um pouco eu tinha que levantar a cabeça, senti ela segurar a minha mão misturando o sangue de nossas mãos cortadas, e se aproximou devagar do meu rosto, e assim encostamos os nossos lábios, foi um beijo rápido, um tocar de lábios, mas não foi tão ruim assim.
Carol-Pensei que seria pior! Ver os outros beijando parece ser tão nojento, mas não é muito não.
Limns-Agora temos que cuidar da sua mão! - Me puxou, me levando para o banheiro e pegou a famosa caixinha branca.
Depois de ter feito o curativo na minha mão, e na dela, sentamos no sofá, e ficamos olhando para a televisão que passava um desenho qualquer, sem ter nenhum assunto. Do nada me veio uma vontade de falar pra ela, de contar tudo, falar que eu não tinha amigos, que eu era sozinha e por isso fiquei com medo dela me abandonar. Eu tinha confiança em Limns, tenho quase certeza que ela não vai me deixar só por saber disso.
Carol-Eu acho que tenho algo para te contar! - Disse chamando atenção de Limns que me olhou rapidamente e se aproximou mais de mim.
Limns-Cê acha? - Sorriu mais um vez, mas parou assim que viu a minha cara de preocupação. - Tá tudo bem? Me fala!
Carol-Eu menti pra você, quero que me desculpe, mas eu não podia simplesmente falar, porque eu tive medo de você não gostar mais de mim, e me abandonar como todos, mas como você disse que é minha melhor amiga eu vou contar. Mas antes quero dizer que esses dia com você tem sido os melhores da minha vida, e que se poder, não me xingue, ou grite comigo. Então, eu não sou bem o que você pensa, eu não sou uma popular, eu sou apenas uma pessoa, uma pessoa que não é reconhecida por ninguém, eu não tenho amigos, e sou a pior pessoa para se fazer amizades, todos tem raiva de mim, ninguém que ser meu amigo por me achar esquisita, mas você, você foi diferente, você viu em mim, o que mais ninguém viu, me desculpe por não ter contado a verdade no ínicio. - Fechei os olhos esperando algum xingamento, ou algo tipo, como sempre aconteceu, mas a única coisa que senti foi Limns me puxando para um abraço.
Limns-Porque não me disse antes?Eu sinto muito, sinto muito mesmo, você não merece isso, essas pessoas, seja lá quem seja não ligue, o que importa é o que você é, e você é a menina mais linda, inteligente e meiga que eu já vi... - Limns saiu do nosso abraço e segurou meu rosto com as duas mãos me fazendo olhar pra ela. - O que importa é o que você quer, o que você sonha, o caminho que quer percorrer. O que importa é a sua vida e o que você quer fazer com ela! Então faça, vá, corra atrás, lute pelos seus sonhos, não fique apenas vendo ou sonhando. Se tiver que sofrer sofra, se tiver que perder, perca, pois no final a recompensa vem com a luta.O que importa realmente? Você! Então acredite em você! - Aquilo era a coisa mais linda que alguém já disse pra mim, com toda certeza!
Limns se aproximou de mim novamente colando as nossas testas e olhando nos meus olhos
Limns-Eu não sei se é o momento certo pra falar isso, mas...Eu te amo... - Não pude deixar de sorrir, mas antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, Limns já havia grudado os nossos lábios, iniciando um beijo rápido, só não tão rápido como o outro, no inicio os beijos da televisão, ou dos nossos pais, são totalmente nojentos mais agora eu não sinto mais isso, é algo bom, muito bom na verdade.
Depois que a gente se separou, ela sorriu assim como eu, e voltamos a assistir o desenho animado.Aquilo era novo pra mim, beijar, eu não sabia se era certo, a minha mãe disse que não era para beijar nenhum menino, isso era pros adultos, mas Limns era uma garota!Isso a tornava errado?
Limns-Para te compensar de não ter vindo aqui esses dias eu quero que vá para o parque comigo, tá afim? - Mais é claro, ninguém nunca me chamou para ir num parque antes, e aquilo era como um sonho, Limns era um sonho.
Carol-Eu aceito, é claro que eu aceito! - Disse feliz, e ela sorriu e se levantou, eu apenas olhei para ela confusa.
Limns-Peço desculpas baby, mas preciso ir, se a minha mãe descobrir que eu não fui para a escola ela me mata! - Olhei para o chão em forma de tristeza, mas logo voltei a olhar para ela de novo. - Não fique triste, amanhã a gente se vê, me desculpe por esses dias... - Limns veio até mim ficando a poucos centímetros de distância da minha boca - Posso...am...te beijar? - Apenas assenti e a garota colou nossos lábios em um beijo rápido novamente, e logo se afastou indo embora.
Toquei meus lábios no lugar onde ela beijou e sorri, mas não pude aproveitar meu momento porque o telefone começou a tocar e eu fui atender rapidamente.
Carol-Alô, quem é? - Perguntei caminhando até o sofá com o telefone no ouvido.
Roseli-Oi filha, sou eu, quero que tranque todas as portas de casa, e fique quietinha aí, daqui a pouco eu chego ok? - Estranhei a voz da minha mãe estava esquisita, ela estava alterada, ela descubriu Limns?
Carol-Porque mãe? - Perguntei com medo de sua resposta.
Roseli-Te explico quando chegar em casa! Apenas faça o que eu mandei! - Desliguei o telefone e corri até a porta me certificando se ela estava trancada.
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A pure love
Teen FictionCaroline Biazin, a menina sem amigos, por ser jugada a "estranha", até encontrar a sua vizinha por caso na frente de sua casa, e as duas viram grandes amigas, até que um dia a sua única amiga vai embora deixando ela sozinha, sem nenhuma explicação.