Capítulo 2

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Meus pais estão tão ocupados esses dias que quase não estão ficando em casa, nem tive a oportinidade de informa-los que estou sendo a tutora do filho do dono de nosso colégio.

Me programo para deixar tudo pronto para a aula de hoje, pego meus cadernos de anotações e vou para a escola. No portão encontro Alex toda saltitante.

- Tenho uma novidade. Vou dar uma festa, e essa você tem que ir amiga. Por favorzinho! - Ela fala toda alegre.

- Senhorita Alex, você sabe muito bem que não gosto de festas. E acho bem difícil meus pais deixarem eu ir. Você sabe como eles são. - Falo sincera

- Heaven, vamos, vai ser legal. Diz pra eles que você vai dormir no meu apê porque temos um trabalho enorme para fazer. Vamos, vão poucas pessoas.

- Ah, Alex. Eu não gosto de mentir pra eles, você sabe. - Meu mal, eu não consigo mentir, minto muito mal.

- Tudo bem, eu falo com eles. Me dá seu celular. - Faço o que ela pede e ela manda um áudio para minha mãe.

- Oi Tia Ingrid, tudo bem? A senhora pode deixar a Heaven dormir no meu apê hoje? A gente está com um trabalho enorme pra fazer. - Minha mãe ama a Alex, e conhece os pais dela. Confia nela completamente, por isso acho difícil minha mãe não deixar.

Minutos depois minha mãe respondeu o áudio e dizendo que sim, eu posso dormir lá, mas, não era para dormimos muito tarde.

- Viu. Sou demais me agradece mais tarde. - Se gaba. - Ei, pode me ajudar com a decoração? Eu te pego mais cedo na sua casa e você já leva uma roupa.

- Não tenho muita experiência com decorações de festas, mas posso sim!

No fim da aula vou ao encontro de Helliot, e de longe já o vejo na biblioteca. Lendo alguma coisa. Uau. Ele ler.

- Orgulho e preconceito? - Questionei ele - Nunca imaginei.

- Não gosto. Tava só segundando ele, mas, Darci é um cara bacana. - Ele sorrir. Meu Deus, ele realmente ler.

- Pode admitir, isso não é uma fraqueza, pelo contrário. É uma grande qualidade. - Lhe dou esse aviso. - Bom, eu lhe trouxe meus cadernos de anotações de várias matérias, podemos estudamos aos poucos - Ele consente com a cabeça. E eu lhe dou os cadernos. - Se tiver alguma dúvida me pergunte.

- Você tem namorado? - Ele me pergunta sério.

- O que? - Levo um susto.

- Se você tem namorado. - Amansa no tom

- Hum, não. Não tenho. Por favor continue sua leitura. - Ele sorrir e continua.

Sento ao lado dele pego o caderno e pergunto onde ele parou, e lhe acompanho explicando algumas coisas. Ele me pareceu bem esforçado. Gostei.

Terminanos nosso estudo e ele leva alguns cadernos para casa.

- Você tem alguém para ti buscar? - Helliot me pergunta.

- Não. Vou de ônibus, não se preocupe.

- Tá um pouco tarde para você ir sozinha. Vamos, eu ti levo, tô de carro. - E caminha em direção ao estacionamento e eu tento acompanha-lo.

Entro em seu carro, com um pouco de receio que ele tenha feito algumas proezas aqui dentro, isso embrulha meu estômago. Mas o carro parece ser limpo e tem cheiro de menta, como Helliot, que sempre mascava um chiclete de menta. Não conversamos o caminho todo, às vezes trocávamos uns olhares e sorrisos, o sorriso de Helliot era... Lindo. Preciso sair logo daqui, estou ficando louca.  Graças a Deus não demora muito e já estou na porta de casa.

From Heaven To HellOnde histórias criam vida. Descubra agora