From Heaven To Hell

Capítulo 24

Heaven

Acordo meio tonta por conta de todos os analgésicos que estou tomando esses dias, por causa das minhas dores. Mas ainda bem que após a segunda cirurgia elas amenizaram.

- Filha? - Ouço a voz do meu pai.

- Oi meu bebê. - Em seguida a de minha mãe. Eu queria tanto vê-los, abraça-los, mas estou tão cansada. Só quero dormir. Sinto alguém pegar em minha mão, um choque percorre meu corpo ao sentir aquele toque quente em minha gélida pele.

- Meu anjo... Você vai ficar bem! - HELIOTT? Ele está aqui? Estou tão cansada de lutar, mas não posso desistir. Não agora. Com todas as forças que ainda me restam tento abrir os olhos.

- Ela está acordando. - Minha mãe se aproxima se mim.

- Oi... Pessoal. - Digo em pausas e todos vêm pra cima de mim.

- Oh, graças a Deus. - Minha mãe vem me abraçar

- Eu estou bem mãe, agora estou.

- Minha princesa. - Em seguida meu pai vem me abraçar.

- Vai ficar tudo bem, pai.

- Heaven, eu sabia que você não iria nos deixar. - Alex me abraça.

- Nunca, minha amiga.

- Você é uma guerreira, sabia? - Pedro me abraça.

- Acho que aparenta um pouco. - Sorrimos.

- Com toda certeza ela é. - O senhor Jones me abraça.

- Obrigada senhor Jones.

- Você é muito forte, e também vamos ser por você. - Senhor Karen me abraça.

- Pequena, que susto você nos deu. - Chris me abraça.

- Deu tudo certo, Chris.

- Meu anjo. - Helliot começa a chorar.

- Ei, eu estou bem. - Ele me abraça e me encara triste.

- Pessoal, parem de chorar eu estou bem. Certo? - De repente o médico entra.

- Olá, está melhor? - Ele me questiona.

- Eu me sinto melhor. - Digo sincera.

- Podemos conversar Heaven?

- Por favor.

- Pra começar peço que tente mexer seus pés. - Levanto o lençol que me cobria e faço o que ele pede, porém, não consigo.

- O que há de errado? Por que eu não consigo mexer meus pés? - Pergunto assustada.

- Vamos analisar melhor o grau de sua paralisia.

- Paralisia? Como assim? - Pergunto assustada.

- Há uma grande possibilidade de você ter perdido os movimentos das pernas.- Quando ele fala isso meu coração se rasga. - Mas pode ser algo reversível ou não, dependendo do grau. Se for baixo apenas algumas semanas de fisioterapeuta serão suficiente, mas se não, sabemos qual será o destino. Você terá que se adaptar a uma cadeira de rodas, para se locomover. - Eu me banho de lágrimas. Não acredito que isto pode está acontecendo. Eu tinha tantos planos, viagens, sonhos e um casamento.

- Querida. - Minha mãe segura minhas mãos. - Vamos nos acalmar e ter fé que vai dar tudo certo.

- Isso mesmo pequena. Vamos ti apoiar sempre. - Chris me olha sorrindo.

- Obrigada, vocês são demais. - Digo em meio as lágrimas

- Mais tarde venho fazer os testes. Agora seria bom se a paciente descansasse. Você passou muito tempo com sedativos.