Capítulo 10

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(De preferência ouçam com a música que está na mídia) *arrasta pro lado
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2 meses depois

Já faz 2 meses que Helliot está em coma. Toda vez que vou lhe visitar sinto que meu coração se despedaça cada vez mais, ao vê-lo nesse estado. Seus pais nunca pensaram na possibilidade de desligar os aparelhos, porque no caso, ele só respira com ajuda deles, e eu os agradeço muito por isso, mesmo com os médicos sempre sugerindo essa opção já que agora só um milagre para ele acordar. Sei que Helliot vai voltar. Ele tem que voltar.
Estavamos todos abatidos, todo esse tempo Helliot não tinha dado nenhum sinal que já estava conosco. E ver ele assim estava nos consumindo ainda mais, mas seus pais queriam esperar. Graças a Deus.

E Christian, a propósito, está em tratamento com psicólogos sobre sua depressão, e eu sempre lhe ajudo, visito na clínica sempre que posso, visito na sua casa e também saimos algumas vezes com autorização da clínica. Estamos bem próximos, voltamos a ser bons amigos.
Ele está se recuperando bem rápido, sempre foi um menino determinado. Admiro muito isso nele. Logo logo ele terá alta e poderá continuar apenas as consultas para conversar com sua psicóloga. Também está construindo uma clínica dele aqui na cidade, quando ele receber alta vai começar a trabalhar, já está está começando a contratar as pessoas adequadas para lhe ajudar no serviço.

- Está indo ao hospital? - Chris me questiona.

- Ah sim. Já estou indo a propósito. O horário de visita ja vai começar.

- Sempre que volta de lá vem tão cabisbaixa. Não queria lhe ver assim, pequena. - Ele aperta minhas mãos.

- Eu sei Chris, mas não quero deixar ele sozinho. Eu sempre vou está ao lado dele. - Me despeço dele com um abraço e vou ao hospital.

Minhas visitas a Helliot continuam sendo depois das minhas aulas, ou depois de eu me encontrar com o Chris.
Eu e Helliot no hostital, "nós" conversamos muito, escutamos músicas e ainda debatemos sobre filmes e séries. E eu tento me convencer que não sou apenas eu falando sozinha, igual uma idiota, e que ele está ali interagindo com tudo.
Não vejo a hora dele acordar, o exame é no próximo mês. E amanhã, aliás, é meu aniversário de 18 anos e não vou comemorar com quem eu mais queria. Alex e Pedro passaram aqui no hospital para ver Helliot. Hoje eu queria só poder me deitar ao lado de Helliot, assim que eu gostaria de passar meu aniversário.

- Oi meu amor! - Digo animada ao chegar na sala pois estava esperando Alex e Pedro sairem. - Espero que esteja melhorando. - Lhe dou um beijo na bochecha e me sento na cama, ao seu lado, pegando sua mão. Lhe analiso naquele momento. Ele está magro por está se alimentando apenas por uma sonda e pastante pálido. - Estou com saudade de você Helliot, de sua voz, dos seus toques. - Digo já chorando e sinto algo em minha mão. Um tipo de pressão, porém leve. Meu Deus. É ele. Helliot estava apertando minha mão levemente. - En... Enfermeira. Por favor! Gente. Venham aqui. - Grito alto tentando chamar a atenção de todos. Eles não demoram e minutos depois estão todos ali. Até seus pais. - Helliot... Ele... Mexeu... - Me atrapalho nas palavras. - Ele se mexeu! Apertou de leve minha mão. - Digo chorando de alegria.

Seus pais não demoram para fazer o mesmo e logo caem no choro, Alex e Pedro parecem chocados e felizes. A enfermeira chama um médico e ele pede para que todos nós nos retiremos dali para ele analisar Helliot.
O médico não demora muito e vem com um olhar de surpreso.

- E nosso Helliot, doutor. Como está? - Senhora Karen fica apreensiva.

- Bom, acho que foi um milagre. Pois seu filho está acordando. Eu estava vendo seu quadro, e ele não está mais precisando de ajuda para respirar. - O doutor nos avisa e todos caem no chora da felicidade.

- Isso é uma bênção. - A senhora Karen fala abraçando seu marido.

- É mesmo querida! - Senhor Jones fala.

Conversei com os pais de Jones que me disseram que eu podia passar a noite com Helliot, se meus pais concordassem, eles iriam para casa descansar e viriam logo cedo, no dia seguinte. Corro pro meu celular para pedir a autorização dos meus pais.
Claro que eles não queriam, principalmente minha mãe. Depois de insistir muito, eles me deixam ficar.

- Oi, Helliot. - Digo lhe dando o costumeiro beijo na bochecha. - Hoje vamos passar a noite juntos. - Sorrio ao imaginar seu sorriso nada inocente. - Iremos apenas dormir, juntos.

Como tinha uma tv no quarto de Helliot, eu estava assistindo. O jornal nos informava que meia-noite iria occorer um fenômeno natural raríssimo, "o sol da meia-noite". Confuso, não é mesmo? Pensei que era algo um tanto impossível, mas até ja li sobre, só não tenho muito conhecimento desse fenômeno.

- Que pena, você irá perder isso Helliot. E daqui de seu quarto teremos uma visão bem nítida. - Digo desligando a tv.

Às horas se passam e eu morta de sono e cansaço, mas não posso perder. Tenho que vê por mim e por Helliot, para depois lhe contar os detalhes.
Às 23h50 me preparo para ver o fenômeno.
De repente, o céu começa a se iluminar, mesmo com o escuro, e o sol forte ilumina tudo, salientando seus raios pela escuridão da meia-noite.

- Meu amor, isso é tão incrível. Isso me lembra nós dois, sabia? Você é a escuridão, a meia-noite. Por seus segredos sombrios e sua aparência fria. E eu sou o sol, que mesmo com toda essa escuridão ao redor, tenta iluminar as coisas com meus raios. - Sorrio boba com essa minha comparação.

- É você tem razão... Somos o sol da meia-noite. Você é meu sol... Heaven. - Helliot fala se atrapalhando e dando pausas.

- Oh, Meu Deus. Helliot. - Lhe dou um forte abraço. Você quase me matou fo coração. Eu... Eu vou chamar a enfermeira, e... E seus pais. - Digo toda afoita me levantando para chamá--los

- Não, espera. Vamos curtir esse momento a sós. Apenas nós dois. - Helliot tenta se levantar da cama, faz até umas caretas. - Quero vê esse tal sol da meia-noite.

- Oh, Helliot. Tenho cuidado. Acabou de voltar e não quero te perder de novo. - Falo e ele me encara sério. Pega meu braço me leva para a janela e põe as mãos em meu rosto.

- Meu doce Paraíso, eu nunca vou te abandonar. - E me beija.

Observarmos o fenômeno ali juntinhos, abraçados.

- É tão magnífico. - Digo com o sorriso no rosto.

- Igual você meu amor. - Ele repara meu dedo e nota que estou usando o anel. - Como isso foi parar em seu dedo?

- Ah, os paramédicos encontraram em seu bolso e seu pai me entregou, pois tinha meu nome.

- Ora, meu pai estragou tudo. Era para eu lhe fazer o pedido.

- Pedido de quê? - Pergunto confusa e tira o anel e se ajoelha.

- Heaven Hollister, quer ser minha garota? Minha namorada? Minha?

- Sim, sim, sim! - Digo sorrindo e ele levanta do chão fazendo umas caretas e me beija, como eu estava com saudade disso, desses beijos, desses toques.

Finalmente ele me libera para eu chamar a enfermeira e ligar para pais. Ligo também para Alex e para meus pais, até Christian que esse tempo todo também estava preocupado com Helliot.
Não demora e todos já estão ali.

- Meu filho! - Os Jones berram juntos e correm para o encontro de Helliot e eu saio para lhe deixarem a vontade.

Esse sim seria um aniversário feliz. Com as pesosoas que eu mais amo ao redor.

Oi gente, tudo bom?
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From Heaven To HellOnde histórias criam vida. Descubra agora