Prólogo.

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Quatro anos atrás.

Sinto o sangue escorrer por minhas costas, sinto a dor e o prazer, sinto tudo e ao mesmo tempo nada.

- Por que me desobedeceu Savanna ? Queria isso ? - Maxwell pergunta enquanto puxa meu cabelo pra trás, os fios encostam nos cortes das minhas costas causando mais dor, mais prazer, minha mente está embaçada, meu corpo pesado, estou em êxtase.

Não respondo, não, não poderia, ele não me deu permissão de fala, o ar sai entre meus dentes quando Max passa novamente chicote entre minhas costas. Meus punhos estão roxos e doloridos, estou a muito tempo presa pela corda no suspenso de metal que fica no teto da sala.

- Diga bonequinha, por que me desobedeceu ? Queria ser punida ? - Maxwell pergunta novamente e desfere mais uma chicotada em minhas costas o que me faz pular.

- Sim senhor. - Meus olhos estão fechados, meu sangue fervendo, meu coração disparado, com tudo isso eu não consigo lembrar de nada, isso é melhor que a melhor das drogas qua já usei. Isso é melhor que tudo.

- Então assim seja. - Max diz e desamarra minhas mãos e eu vou direto para o chão e permaneço o qual insano isso parecer é mais. - Não se mova entendeu ? - Max pergunta enquanto aperta um dos cortes das minhas costas me fazendo gemer de dor.

Aceno com a cabeça, não posso falar, ele não me deu permissão para isso, permaneço no chão enquanto Max saí da sala, estou chegando no meu limite, estamos nisso a algumas horas mas não direi a palavra de segurança, não, ainda não.

- Deite-se na cama Savanna e abra bem as pernas. - Max diz ao entrar novamente na sala. Eu faço exatamente como ele pede, não há por que ter vergonha ou medo agora, não agora. - Me mostre o que sabe fazer, se toque bonequinha. - Ele diz e meu corpo age automaticamente a sua voz fazendo aquilo que ele quer.

Desço a mão por minha barriga arranhando minhas costelas e me arrepiando, minhas costas ardem rente ao lençol de seda da enorme cama no meio da sala e não me incomodo nem um pouco com isso, na verdade é um incentivo a mais para continuar, para alcançar meu alívio.

Uma mão vai para meus seios e outra desce pra minha intimidade, já estou bem úmida, anceio por isso. Meus olhos permanecem fechados, não preciso abri-los pra saber que Max está se tocando sentado no grande sofá negro em frente a cama. No quarto há somente o barulho de nossas respirações e não há sinfônia melhor.

Abro meus lábios para que Max veja que eu o quero, que nesse momento ele é tudo que necessito. Me penetro com um dedo e sinto meu próprio calor, minhas próprias paredes me apertando em busca do alívio que tanto preciso.

Minha outra mão desce e se concentra em meu clitóris, estou quase lá, eu sinto, arqueio minhas costas quando um segundo dedo me penetra e gemo com a dor e o prazer, minhas costas pulsam e minha intimidade também, mais, preciso de mais, anseio mais, estou prestes a inserir um terceiro dedo quando ouço a voz de Max.

- Pare Savanna. - Mesmo estando quase atingindo meu orgasmo meus movimentos cessam.

Max se aproxima, ouço seus passos ecoar e seu perfume se tornar mais forte, madeira queimada é o que me lembra, nunca senti algo parecido, nunca conheci algo parecido. Max está ao meu lado me olhando retiro meus dedos de dentro de mim e levo para perto do seu rosto pedindo que ele sentisse meu gosto, Max concorda com um balanço de cabeça e chupa meus dois dedos sem nenhum pudor.

Max está nu como eu e em questão de segundos está sobre mim, ele me abre mais e com um movimento rápido está dentro de mim, seu peso faz eu me afundar mais na cama e com que minha dor se intensifique e uma lágrima caia, rapidamente Max beija meu rosto e a lambe. É selvagem é prazeroso é doloroso, é tudo e nada.

Max inicia seus movimentos e eu o acompanho com o quadril preciso de alívio ou enlouquecerei, temos nosso ritmo. Os nossos gemidos se intensificam, nós dois estamos pertos eu sinto e Max também, conhecemos bem o corpo um do outro.

Minhas mãos alcança a cabeceira de ferro da cama quando sinto que vou ter um dos melhores orgasmos da minha vida, mas antes que eu possa Max saí de dentro de mim e eu grito como um animal. Max se derrama em cima de mim enquanto vê a agonia nos meus olhos por eu não estar tendo o mesmo prazer.

- Esse é seu castigo boneca. - Max diz com cada mão de um lado do meu cabelo. - Você não se tocará e não terá alívio algum, somente eu posso lhe dar prazer, entendeu? - Ele pergunta.

Novamente aceno, ele não me deu permissão de fala.

- Ótimo. - Ele diz e sai da sala me deixando sozinha.

Estou quebrada, e insatisfeita, ele nunca havia me negado algo antes, estou com raiva, agonia, preciso de alívio. Mas não posso ele disse que não, quando a porta se fecha eu sinto tudo como uma intensidade inexplicável, ele nunca havia me deixado sozinha após uma sessão ele sabe como se torna a cabeça de uma submissa, ele deveria estar cuidando de mim, por que ele foi? Por que não está aqui? Por que estou aqui ? Nem eu sei mais.

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