Capítulo 3

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JENA DUARTE

Ela era curiosa, porém, não me fazia as perguntas corretas. Eu sempre tive uma mania insuportável de ficar observando as pessoas de maneira meio sem graça, o que ela já havia percebido. Meu olhar corria por todo seu corpo, e parando no seu olhar, percebi que ela o desviava algumas vezes, colocava uma mecha de cabelo por trás da orelha, voltava a comer o lanche e tentava desviar o olhar do meu. Ela tem uma cara de quem vai foder minha vida, mas eu quero pagar para ver o que acontece.

_Vai ficar por quanto tempo?- perguntei séria.

_Vou ficar aqui por cinco meses!

_Trabalho?

_Sim!- ela disse sorrindo.

_Faz o que?

_Engenharia Ambiental!- ela disse e eu sorri.

_Interessante!- disse rindo. Ela me encarou sem entender e eu retribuí a encarada._ Você tem cara de Advogada!- expliquei arqueando a sobrancelha. Ela riu e negou com a cabeça.

_Você mora aqui perto?- ela perguntou encarando sua mãos.

_Sim, não é tão longe!

_Bom, eu só começo a trabalhar na semana que vem, que tal me apresentar a cidade?- ela perguntou sem graça.

_A cidade, ou a minha cama?- perguntei séria e a encarei. Rapidamente ela ficou sem graça e vermelha._ To brincando, eu te apresento a cidade sim!- ri e ela ainda estava com vergonha.

_Você é complicada!- ela disse com um meio sorriso.

_Que nada, sou fácil pra você!

_Não foi isso que eu ...

_To brincando com você Glécia, relaxa um pouco!- disse rindo e ela novamente ficou vermelha.

GLÉCIA MEDINA

Ela estava me deixando louça! Eu ia ficar louca! Ela fazia trocadilhos insanos, o que me deixava mais ainda na vontade de tirar toda a roupa dela. Calma Glécia! Respira, ela provavelmente só está te testando, e você está caindo na dela. Mas ela tinha razão, não seria uma má ideia conhecer a cama dela, na realidade, seria uma excelente idéia, mas ela disse que era brincadeira, então vou me conter.

  Terminamos de comer e ela me mostrou onde era o cinema dentro do shopping, as melhores lojas para se comprar roupas, compramos um sorvete, e continuamos andando pelo shopping e conversando sobre coisas aleatórias. Até que uma menina a parou.

_Jena?

_Luisa? A quanto tempo?- a menina disse abraçando Jena.

_Faz um tempinho sim. Essa é Glécia!- Jena disse me apresentando.

_Prazer Glécia!- a menina disse e eu sorri. _Namorada?- ela perguntou encarando Jena.

_Não, apenas amiga!- ela respondeu sorrindo.

_Então, está solteira?- a menina perguntou com um sorriso malicioso. Opa, opa querida, essa aqui já é minha!

_Para você não, mas foi bom te reencontrar!- Jena disse sorrindo e me puxando para sair dali. Eu estava boquiaberta com a cortada que ela deu na menina.

_O que foi aquilo?- perguntei segurando a risada.

_Ela é minha ex, Glécia!- ela disse rindo._ Toda vez que me vê com uma garota chega perto e faz isso!

_Enrendi!- disse rindo. Mas na realidade queria era meter o soco na cara daquela vagabunda. _Ex louca que te segue?

_Mais ou menos isso. Eu ignoro, e finjo que nunca a vi, por isso ela tem o ego ferido!- Jena me parecia alguém fria, calculista, mas eu sentia que tinha um coração bom e tentador. Eu podia perceber que ela se esquivava de algo mais íntimo, não era do tipo que se deixava levar. _O que está pensando Glécia?

_Ah, eu? Nada!- disse gaguejando.

_Se está pensando em como eu sou fria e distante, peço que não tire conclusões precipitadas!- ela disse e eu me senti aliviada. _ Mas se pensou isso, acertou! Porém, eu ainda sou um amor!- ela acrescentou e eu fiquei meio triste, mas tentei ignorar, pois eu sabia que ela não era o que dizia.

JENA DUARTE

Ela era sensível e sonhadora. Era isso que eu via em seus olhos, embora ela os desviasse toda vez que eu a encarava. Ela achava que eu era a pessoa perfeita para se ter, mas certamente ela estava errada, amar alguém era uma coisa que eu não sabia a muito tempo, e que não ia acontecer do nada! Ela era linda, muito linda, inteligente e engraçada, era uma mulher e tanto, mas eu não servia para ela. Não posso deixar com que ela acabe gostando de mim, entrar na minha vida bagunçada.

_Vem, vou te deixar no Hotel em segurança!- disse a encarando.

_Tudo bem!- ela concordou meio triste.

Chegando na porta do seu hotel, ela parou na minha frente e sorriu. Um sorriso doce, porém sem um pingo de inocência. Eu conhecia aquele sorriso, mas infelizmente, não poderia ceder ao seus encantos. Então, a abracei e depositei um beijo em sua bochecha.

_Até amanhã, morena!- disse me retirando. E foi aí, que eu percebi que, eu não saberia por quanto tempo eu iria aguentar, eu iria ceder alguma hora.

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Tenso! O que acham que a Jena deveria fazer? E a Glécia?

Beijos da Jen!

Sra. MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora