Capítulo final

82 14 3
                                    

— Eu me sinto assim... Sem máscaras, sem panos cobrindo minha real natureza. - Tirou as mãos da frente dos seus seios.

Também me encontrava nua diante dela, ficamos ofegantes, meus olhos brilharam... E ela fez uma coisa linda, pegou o celular dela e pôs um ritmo reggaeton (Enrique Iglesias - El Baño) começou a dançar nua... Chamando-me pelos olhos, e entrei sorridente nesse círculo delicioso de dança, e nesse rodopiar que fazia, eu
encaixava minhas coxas nas dela, e minha mão deslizando nas suas costas, quanta suavidade havia naquela pele, até que não resisti... E a tomei com minha boca, faminta da dela, Angeline deu uma pausa ao meu beijo devorador e comentou breve...

— Sua boca... - Alisou-a e voltou a beijá-la com cuidado e sensualidade. Mexendo seu corpo enquanto me entregava sua língua para chupá-la.

— Quero que essa noite nunca acabe... - Sorri com malícia e cara de má, segurando sua nuca com minhas mãos enquanto meu olhar sorria acompanhando meus lábios.

Que corpo e coração quente Angeline possui, fico trêmula só de sentir o calor que seu corpo me transmite, sua cintura maleável ao ritmo, fazer amor com essa mulher deve ser como ir a outra dimensão, se unir a sua energia mais grandiosa, a energia sexual que abriga entre suas pernas.

— Quero você... No meu corpo. - Alisou meu rosto e foi se deitando no chão, suada ainda mais depois das nossas remexidas.

Deitei em cima dela, e fui percorrendo minha boca na sua orelha, e respirando forte.

— E eu quero ir além do seu corpo... - Sussurrei excitada, com a beleza da sua nudez.

— Ahhh... - Mordeu a ponta dos lábios inferiores soltando um suave gemido.

— Vem cá mulher... E senta! - Coloquei-a para sentar de frente no meu colo, enquanto trocamos
os beijos ardentes.

— Não sabe o quanto sou intensa... Quer me ver sentar de verdade?

Me empurrou com tudo, pondo pressão no meio do peito, e eu sorri impressionada com seu poder, e começou a rebolar em cima de mim lentamente, fiquei vendo o paraíso e entrei em êxtase com a imagem dela, até que repentinamente sobe e cola seu meio na minha boca que estava surpresa, que gosto delicioso saia dali... Tive me controlar para não "comê-la" de verdade, minha italiana estava tremendo na minha boca se movendo nela, suas mãos foram parar na cabeça dela, que bagunçava as poucas mechas de cabelo, e sua voz estava saindo descontrolada, mordeu tão forte sua boca, que sangrou, e falei...

— Grite meu amor... - Chamá-la de amor foi tão natural, e isso foi a alavanca para que Angeline soltasse seu prazer através da voz e entre suas pernas.

— Aiii que delícia! Nunca me senti assim! Vem
... Entra em mim. - Pegou meus dedos e os molhou com sua boca sedenta por mais, enquanto teus olhos estavam a lacrimejar, e seu corpo mais trêmulo ficou.

Ela é mulher da natureza... Deve ser por isso que sente tudo a flor da pele.

— Se sente bem, mio amore? - Arranhei um pouco do italiano dela. Pegando no seu belo rosto.

— Só quero que esse momenti contigo nunca acabe... Amore. Saiba que você é a melhor coisa que o destino reservou pra mim, eu sabia que era você. - Beijou meu nariz e beijou-me docemente.




Só sei que isso me deixou encantada ainda mais por ela, Angeline deitou-se devagar no chão me encarando inocentemente, como se nunca tivesse feito isso nessa forma tão delicada, e a tomei com estocadas leves, porém marcantes, dando encaradas perigosas a ela, beijando seus belos pares de seios, rolamos naquele chão, a peguei de várias formas e jeitos, chupando-a toda... Parecia não ter tempo com ela, no momento que fazíamos nossa arte no chão. Que mulher!

------------------------------------------ X -----------------
(Angeline Narrando):

— Minha brasileira... Dormiu no calor da nossa aventura mais quente, que tenho certeza que daria um belo amor, ou, história de amor... - Alisava e admirava seu rosto por mais de meia-hora, deixando escapar lágrimas de alegria.

Não queria deixá-la... Mas era preciso, vou deixar uma carta para ela, com meu perfume, para sempre poder se lembrar de mim. Ladra dos meus sentimentos...

--------------------------------------------- x ----------------------
(Dasha Narrando):

— Angeline? - Acordei no dia seguinte, tampada com um pano, estando nua. E cadê Angeline?

Olhei ao redor e o camarim parecia vazio, escuro... Levantei confusa, e achei um papel com uma rosa ao meu lado e tinha um perfume delicioso impregnado, que se assemelha ao cheiro de Angeline... Abri o papel e já imaginei o pior.

"Mia bellíssima brasileira, você me devolveu o gosto da vida... Eu dançava, mas, só para mim, com sua chegada, comecei a dançar para o mundo, e creio que seu olhar abrigava o mundo todo, e que corpo... Pensei até ser meu lar, se estiver lendo isso, provavelmente já não estarei mais ao seu lado. Uma noite com você foi como ter vivido tudo da minha vida ali naquele momento nosso. E sei que merece explicação por minha ida, mia bella, que noite linda tivemos, mas, minha vida... Está no término, estou com câncer terminal... E me recusei a tratamentos, aceitei morrer com dignidade no País que meus pais nasceram... Peço que me perdoe por ter tido tão pouco tempo contigo, sempre estará tatuada na minha alma, e sei que seria você o amor que sempre escolhi para minha vida, você é o exemplo de espírito mais selvagem que tive a sorte de conhecer. Se dançar, saiba que estará sempre me mantendo viva em seu corpo, com amor e dor, eu me despeço de ti, dessa vida. Cuide-se mio amore
.

Ass: Dasha, sua cigana."

Havia marcas de lágrimas no papel, e eram dela, as minhas cobriram as dela segundos após absorver tudo que li cuidadosamente, e agachei-me no chão.. E bati inúmeras vezes no chão, cheguei a ficar com a mão roxa, gritei em dor naquele ambiente sem vida, sem Dasha... Por todo resto de vida que me restava...

(1 ano depois... Na Espanha).

— Ainda não entendo como você pôde mudar assim tão drasticamente sua vida! - Comentou minha amiga, estávamos num barzinho na capital. — Mas é uma história muito bonita de amor cigano, que tal dançarmos agora?

— Desde que eu a conheci... Não sei mais levar minha vida sem a dança, ou, sem dançar ao falar teu nome. - Peguei-a firme na cintura sorrindo, e meu sorriso era para a Espanha, e principalmente a minha bela guerreira cigana.

Eu a imagino formada pelas luzes do sol... Num belo final de tarde na praia, festejando nosso amor, como uma só.

O amor sempre vive e sobrevive a algo que se assemelha ao que é de almas... Se você sente vontade de dançar por estar amando, convide o amor e dance, se entregue, grite, viva intensamente!



FIM... Espero que tenham gostado. Comentem amoras... <3

Amor ciganoOnde histórias criam vida. Descubra agora