Nada é por acaso - Strong Woman Livro 1

Capítulo 2 - Incompatível

Ian

— Como você pode aceitar algo sem minha permissão? — Esse cara já esta me enchendo o saco a mais de meia hora, ele é meu agente ou o que? — Já lhe disse para não aceitar trabalhos sem falar comigo. — Briga comigo.

— Pensei que tínhamos a intenção de aceitar, visto que, você me falou sobre isso um monte de vezes, e ainda me fez estudar sobre o assunto. — Ele coloca a mão sobre a testa, revirando os olhos, não se importando com o fato de que estou vendo tudo.

— Claro que tinha a intenção de aceitar, a Park entertenaiment é uma das maiores empresas do país, mas a garota que escolheram para trabalhar com você, ela não me agrada nenhum pouco. — Trinco os dentes com suas palavras. Entretanto acho que vi um sorriso em seu rosto por um segundo. — Pensei que eles seriam profissionais o suficiente para escolherem alguém com o mesmo nível que o seu.

— Você nem mesmo conhece a garota. — Resmungo. Como ele pode estar falando dela se nunca a viu? Odeio a forma como ele critica as pessoas sem as conhecer. — Poderei saber se ela é boa ou não amanhã.

— É por esse motivo que não deixo que escolha seus trabalhos. — Fala, somente dá desculpas sem sentido, o único motivo para tentar cuidar de mim, e o medo de perder seu trabalho.

— Não sou mais uma criança. — O lembro, talvez esqueça de que não tenho mais treze anos, e que ele não é meu pai. — Posso muito bem saber com o que posso ou não trabalhar, e com quem posso ou não lidar.

— Não me culpe se algo der errado, e se tiver alguma merda você que terá que lidar com ela. — Concordo. Suspiro irritado, bem que ele poderia casar, talvez assim não ficasse sempre frustrado. — Afinal você já tem 23 anos, é bem grandinho. — Como ele adora jogar minhas palavras contra mim.

— Eu lidarei com o que vier. — Afirmo, de novo, e ele se vira para ir embora ainda bravo.

Porque ele esta tão irritado com a escolha da garota para a campanha? Ele nunca ficou tão bravo apenas por não gostar de uma atriz. Por pior que fosse a escolha ele sempre suportava, pois acreditava que eu poderia lidar com isso, o que mudou? Não o entendo.

***

— Merda. — Digo quando vejo a loira sendo trazida para dentro do estúdio, um homem mais velho empurra sua cadeira de rodas até a sala que lhe indicam. O que a Sarah esta fazendo aqui?

— Eu disse. Babaca. — Fecho os olhos, para que possa respirar fundo. Não acredito que seja ela. — Você lidara com isso porque já não é mais uma criança, não é?

— Cala a boca Ryan. — Passo a mão no cabelo, desfazendo todo o penteado que tinha sido preparado. — Porque não me avisou que a garota era ela?

— Avisar que você tem que tirar fotos com a garota por quem você tem uma queda? — Fecho a mandíbula com força, porque ele tem que me provocar?

— Não tenho uma queda por ela. — Falo repetindo o que venho lhe dizendo nos últimos dias.

— Você ficou doido por ela desde o dia em que ela deslocou o ombro do seu segurança. — Ele coloca o dedo embaixo do queixo o apoiando, tendo uma posição pensante. — Ah, esqueci que você gosta dela desde a escola, me desculpe por esquecer-me disso.

— Ryan. — O alerto, ele ergue as mãos sobre a cabeça, um sinal de rendição. — Apenas resolva isso.

— Não posso fazer mais nada, seu cabeça dura. — Ele dá um tapa em meu ombro. — Diga a ela quem você é. Quem sabe, talvez ela goste de você também.

— Se não pode fazer nada apenas fique calado. — Peço. A mulher que arrumou meu cabelo antes volta e fica irritada com o que vê. Não posso culpá-la. Porém também não posso manter minha calma.