Capítulo 3 - Quando os sentimentos transbordam

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Ian

Fito o desgraçado, sentindo meu sangue ferver, esperando pacientemente que os flashes da câmera parem, para que eu possa finalmente segurar Sarah em meus braços, os outros devem estar cegos, se não percebem que ela esta se esforçando bravamente para ficar de pé, apenas aguentando como pode enquanto desfere golpes com a parte de cima do corpo. Evitando o uso da parte de baixo.

Quando ele finalmente diz que conseguiu o que precisava, me movo rapidamente, tendo o peso de Sarah caindo sobre mim, ela encostou-se a mim como pode, o que acabou com seu rosto pressionado contra meu peito, e suas mãos na minha cintura, me segurando com força.

— Estou começando a achar que você gosta que as pessoas se joguem em você. — Brinca, passo minhas mãos por sua cintura e a ajudo a ficar ereta.

— Não muito. — Porém adoro que seja você a cair em mim, grita minha mente. — Como se sente?

— Como uma invalida, — Há um sorriso, um para esconder a tristeza que essas palavras carregam. — pode me ajudar mais um pouco?

— Vou cobrar mais caro por isso. — Digo, ouvindo o som dos velcros da luva se soltando quando ela as retira. — Vou querer mais do seu tempo.

— Para sua sorte, tenho muito tempo livre agora. — Ela ri de novo, mas dessa vez, sei que não há resquícios de tristeza nele.

— Então, eu posso lhe ajudar. — Gostaria de lhe dizer, que poderia levá-la aonde ela quisesse, que a carregaria se fosse preciso, porém sei que esse não é o momento para tal declaração.

***

— Você esta com uma cara tão feliz, que esta me dando vontade de vomitar. — Fala Ryan quando entra no meu apartamento. — Por acaso, você se declarou para ela?

— Não seja idiota, como eu poderia dizer qualquer coisa? — Ele passa pelo sofá rapidamente, se aproximando de mim, me analisando. Querendo arrancar informações de mim a todo custo.

— Mais é óbvio que você deve ter ganhado algo. — Fala passando por mim. Indo para minha geladeira. Ryan tem o péssimo hábito de roubar comida da minha geladeira. — Conte para seu amigo. — Pede. E penso em quantas vezes já imaginei como seria minha vida se ele não fosse meu agente. Tê-lo como amigo já é muito trabalhoso, suportar que ele controle parte da minha vida exige outro nível de paciência.

— Concordamos em sair. — Ele se vira para mim, abismado com a informação ouvida, me fazendo parecer um idiota. — Feche a boca.

— Como você evoluiu tão rápido Ian? — Questiona tirando várias das vasilhas de comida da geladeira. — Você nem mesmo podia chegar perto dela sem se tremer todo, e agora, conseguiu até mesmo marcar um encontro. — Ele põe os potes sobre o balcão, apenas para me dar uma salva de palmas. — Estou orgulhoso de você.

— Cale a boca Ryan, apenas coma e fique quieto. — Seus olhos esverdeados sorriem de forma gananciosa.

Vou me arrepender de ter lhe dito para ficar calado usando comida. Pois provavelmente não haverá nada na geladeira para o próximo dia, então terei que passar horas na cozinha apenas para repor o estoque com o qual ele acabou. Deixo de lado o fato de Ryan ser um monstro com estômago infinito e fito o aparelho celular em cima da bancada, pensando no meu novo contato.

Sarah me disse que eu poderia ligar quando estivesse com tempo livre. Para que assim pudéssemos marcar corretamente o nosso encontro. Porque estou concluindo que é um encontro? Porque para você é, grita meu coração. Será que ela também pode pensar assim? Ou para ela isso não passara de um pagamento para minhas ações?

Nada é por acaso - Strong Woman Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora