Capítulo 33 - Quem é o paspalho?

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{Boa leitura. ♡}

A Olivia quebrou o nosso abraço lentamente e olhou os meus olhos.

"Tu nem imaginas o quanto eu te quero beijar, neste momento." Ouvi a minha companheira de cela dizer.

"Porque não o fazes, então?" Perguntei, com o olhar fixado nos seus lábios carnudos.

Numa escala de 0 a 10, a minha vontade de a beijar é, definitivamente, um 11.

"Porque prometi a mim mesma que não te iria voltar a beijar, Niall." Murmurou, fazendo-me morrer ao ouvir a forma como ela pronuncia o meu nome.

"Se for eu a beijar-te, conta?" Questionei, da forma mais vulnerável possível.

Eu sinto-me vulnerável à beira dela. Quer dizer, o meu corpo transforma-se em gelatina apenas de olhar para os seus grandes olhos verdes. Ela tem este estranho poder em mim, que mais ninguém tem.

"Niall..." Ela sussurrou e eu percebi que aquilo era um sim.

"Desculpa, eu não devia ter dito aquilo." Desculpei-me.

As minhas desculpas são e exclusivamente por o ter dito, não por me ter apaixonado por ela. Nunca me irei desculpar ou arrepender por me ter apaixonado por ela, porque ela é a mulher mais incrível que eu já conheci - e que alguma vez vou conhecer.

"Tudo bem." Olivia suspirou e eu ainda a consegui ver olhar uma última vez para os meus lábios, antes de desviar a sua atenção para a parede branca.

"Agora," Comecei, pegando na sua prenda e tentando empurrar a vontade de a beijar para bem longe de mim. "vais abrir a tua prenda."

"Niall, eu já disse que-"

"Ok, pronto. A prenda não é para ti, é para mim. Mas eu não sei abrir prendas, por isso tens de abri-la." Disse, fazendo-a soltar uma gargalhada adorável. "Ah, e eu sou alérgico ao que está aí dentro, por isso vai ter de ficar aqui."

Ela olhou para mim com um sorriso envergonhado e eu entreguei-lhe o embrulho, dando-lhe um sorriso encorajador.

Antes de rasgar o papel que embrulhava o seu novo livro, ela ainda abanou o pequeno presente, para tentar perceber o que era.

O grande sorriso que surgiu nos seus lábios, ao abrir a prenda, valeu por todos os sorrisos que ela alguma vez deu ao Harry.

"Oh meu Deus, Niall..." Ela murmurou, antes de se lançar para os meus braços. "Não podias ter escolhido uma prenda melhor!"

Para ela me dar um abraço, é porque ela ficou mesmo feliz com o livro. E eu fiquei ainda mais feliz ao saber que ela ficou feliz. Isto faz algum sentido?

"Agora já tens algo para fazer." Sussurrei contra o seu pescoço.

Ficámos alguns segundos a aproveitar o abraço e, depois, a Olivia acabou por separar-nos e abrir o livro na primeira página.

"Posso... Huh... Ler para ti?" Ela perguntou, envergonhadamente.

"Eu iria adorar que lesses para mim." Respondi-lhe, sinceramente.

Na verdade, não gosto nada deste tipo de livros, mas a ideia de ouvir a Olivia a ler para mim, só por si, é fantástica.

Ela sorriu-me e encostou-se à parede, esticando as pernas para a frente, mas acabando por dobrá-las nos joelhos, devido à curta largura da cama. Antes de ela poder dizer algo, deitei a minha cabeça no seu colo, apanhando-a de surpresa.

Mas ela acabou por me dar um último sorriso e pousar uma das suas mãos no meu cabelo, antes de começar a ler: "Acabo de visitar o meu senhorio: o meu vizinho solitário, o único que tenho neste ermo a que me abriguei. (...)"

PRISON // niall horanOnde histórias criam vida. Descubra agora