Gabrielle☈
Gabi: Mãe? Por favor olha pra mim.
Bea: Eu tirei a vida dela, eu não podia ter feito isso.- soluçou.
Gabi: Foi o certo a se fazer mãe, se não fosse ela talvez poderia ser eu, você, meu pai, qualquer um de nós.
Bea: Eu tô me sentindo horrível por ter feito isso Gabrielle, você tem noção do que é ter o peso de ter tirado a vida de uma pessoa? Isso é horrível.
Gabi: Eu imagino que seja muito ruim, mas pelo o que eu vi essa mulher já fez muito mal pra nossa família, pra que ter pena? Ela podia ter tirado a vida de qualquer um de nós sem peso algum.- ela se encolheu na cama e voltou a chorar.
Meu pai foi com o Fumaça dar um sumiço no corpo, e a Victória tá no hospital com o Renan.
Já que ele tem a ficha limpa não tem problema nenhum ele ficar lá.
Fiquei um tempo no hospital com ele mas minha mãe tá muito mal, então eu resolvi trazer logo ela pra casa.
Eu não tinha ideia de que aquela velha podia ser a minha vó, sangue do meu sangue.
Minha mãe nunca contou nada sobre ela aqui em casa, eu nem sabia se ela tava viva ou não.
Agora eu entendo o pq do meu pai ficar tão bravo, mas eu não tinha idéia.
Talvez se eu soubesse desde o início nada disso teria acontecido.
E agora a minha mãe não para de chorar, por ter tirado a vida da própria mãe.
Por um lado eu concordo com o que ela fez.
Desde pequena meu pai me mostrava a arma dele e dizia "não tenha medo de usar contra quem quer machucar a nossa família"
Ninguém além de Deus pode tirar a vida de outra pessoa.
Mas eu penso que se não fosse ela, agora poderia ser eu, meu pai, o Victor ou até a minha mãe.
Quando ela soube que eu era a neta dela o ódio subiu, como se eu tivesse culpa de alguma coisa.
E eu vi nos olhos dela que ela queria mesmo machucar todo mundo que tava ali.
Sai do quarto da minha mãe fechando a porta e o Victor apareceu junto com o meu pai.
Victor: Ela tá melhor?
Gabi: Nem um pouco.- suspirei.
Deco: Eu vou conversar com ela.- abriu a porta e entrou no quarto.
Desci pra cozinha com o Victor e fiz dois hambúrguer, um pra mim e outro pra ele.
Um tempo depois as meninas chegaram e foram assistir na sala.
Fiz hambúrguer pra elas também e sentei junto com eles.
Maya: Eu quero ir ver o meu irmão, ninguém me deixou ir ver ele.
Emilly: Na hora certa tu vai Maya, ele tá bem. Não foi nada grave.
Victor: A enfermeira disse que se pá ele vai ficar só dez dias lá, depende..
Gabi: Eu tô me sentindo tão culpada por tudo isso.
Emilly: Você para em Gabrielle! Nada disso foi culpa sua, você não sabia de nada.
Gabi: Mas eu sou tão cabeça dura, meu pai insistiu tanto pra eu não ir.
Victor: A bruxa já tá morta tá tudo bem.
Gabi: Mesmo assim Victor, ela tava viva e não tava mexendo com ninguém! Se não fosse por mim minha mãe não teria matado ela, agora ela tá lá arrasada chorando sem parar.
Maya: Você nunca soube da sua avó Gabi, para de se culpar! Já passou, agora só resta a gente tentar esquecer isso.
Emilly: Quem vai demorar mesmo pra esquecer é a Bea, ela não merecia isso.
Victor: Eu que ia matar ela, mas minha mãe foi mais rápida! Mas tá de boa, logo mais ela vai esquecer isso, bola pra frente.
Respirei fundo dando uma mordida no meu hambúrguer e comecei a prestar atenção na tv.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Crias da Maré
Подростковая литератураSegunda temporada de "Complexo da maré"💛 A viagem é longa, então faça a mala. Na vibe mais positiva, no pique mandala.