MEMORIES TURN INTO DAYDREAMS BECOME A TABOO

209 16 15
                                    

  Os dias passaram rápido, e agora é madrugada e eu estou no meu apartamento com o Ryan, arrumando as malas para voar para a América do Sul em algumas horas. É CLARO que nós iríamos deixar pra última hora, eu já estava acostumado a procrastinar, e ainda na mesma banda que Ryan Seaman?
Eu não dormia direito há muito tempo, e tenho certeza que o Ryan também, então arrumar as malas de madrugada não era tão ruim assim.

Eu nunca estive tão ansioso, nem com o Panic!.
Cantar e tocar baixo para milhares de pessoas parecia uma missão impossível.
Era a minha voz.
Eu já havia cantado no The Brobecks — uma banda que fiz parte antes do Panic! — mas com o idkhow era diferente, era a música que eu sempre quis fazer, a minha música, a música do Ryan, eu me sentia eu mesmo de novo.
Era subir no palco, e esquecer de tudo, tudo de ruim, no momento era só eu, o microfone, meu baixo laranja, meu melhor amigo e meus fãs, podia ser melhor?

Alguma coisa dentro de mim diz que sim, poderia ser melhor, mas eu nem faço questão de dar ouvidos, eu não havia ficado 4 dias sem pensar nele para ficar agoniado com sua falta agora.

Terminamos as malas e deitamos na minha cama.

- Se a gente quiser dormir um pouco ainda da tempo.

- Com o tanto de café que eu tomei só com sedativo

Eu ri.

Passamos as horas que nos faltavam batendo papo, e com o Ryan gargalhando com alguma coisa que eu falava. Eu ria mais da risada do Ryan do que de algum comentário sem graça que eu havia feito, mas como o Ryan ri de tudo, eu ria da risada dele rindo de tudo, e de como ele estava energético por causa da alta dose de cafeína.

Ficamos mais um pouco de bobeira, e fomos nos arrumar, chamamos um Uber e fomos até o Aeroporto.

Estávamos esperando o nosso vôo, Ryan rindo, eu rindo do Ryan rindo.

Eis que meus batimentos cessam quando eu viro a cabeça pro lado.

Não. Não. Não.
Merda. Merda. Merda.

Eu acho que o universo queria tirar uma com a minha cara.

É claro que era o Brendon, é claro que ele ia aparecer no aeroporto, tem alguma chance de isso NÃO acontecer???

Puxei o Ryan pro lado, ele não tinha me visto então eu tinha que dar um jeito de sair dali.

- Vamos na cafeteria, ali, eu tô com fome.

- Ai nem me fale de café Dallon, já me dá náusea.

- Que café o que, eu quero comer alguma coisa Ryan, vem logo.

O Ryan olhou pro lado e sacou o que estava acontecendo, fomos sorrateiramente até a cafeteria, ele não nos viu, pelo menos.

Pedi um misto quente e percebi que estava com zero fome, eu não sei o que estava me deixando tão enjoado mas olhar para aquilo já me embrulhava o estômago.

Hesitantemente dei meu misto quente para o Ryan, eu estava com medo de ele passar mal, depois de tomar quase 2 litros de café, eu não recomendaria que ele enchesse o bucho antes de entrar no avião.

Mas talvez quem passasse mal fosse eu, de nervosismo.

Ele não podia pegar o mesmo vôo que eu.

Rezei para todas as forças divinas que já ouvi falar para que não fosse o mesmo vôo.

Mesmo que eu soubesse que era, visto que ele estava esperando no lugar certo.

Junto do Brendon estavam seus companheiros de banda, que ele faz questão de reconhecer apenas como "membros de turnê" já que a banda é só dele, e o Zack, provavelmente iria mais gente, porém aparentemente não naquele vôo.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 26, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

HOUSE OF MEMORIES - BrallonOnde histórias criam vida. Descubra agora