THE LONELY MOMENT JUST GETS LONELIER THE LONGER YOU'RE IN LOVE

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  Acordei assustado, pesadelos de novo, olhei o relógio, eram 3am, merda.
É claro que eu sonhei com ele de novo.
Eu já nem sei da onde a minha mente tira tantos cenários possíveis com o Brendon.
Peguei meu celular, eu já sabia que não voltaria a dormir.
Ryan tinha me mandado uma mensagem.

"Dallon, você não vai acreditar, checou o twitter?"

"Não, pq? e pq tá me mandando                      mensagem essa hora?"

"Porque você nunca dorme ??"

"Justo, mas o que tem o twitter?"

"Panic! At The Disco marcou show em São Paulo no mesmo dia do nosso, nosso show já era Dall"

  Paralisei por alguns instantes, eu não acredito que aquele desgraçado iria tirar todo o público do meu show. A maioria do público do idkhow são fãs de Panic! que começaram a acompanhar meu trabalho, mas nunca deixariam de ir num show do Brendon por um show meu. Como eu disse, todo mundo ama o Brendon.

  Não respondi o Ryan, desliguei meu celular e tentei processar tudo aquilo que estava acontecendo.

  Eu estava com muita raiva, mas a minha mente insistia em fantasiar que eu veria ele, ou que nos encontraríamos.

  E eu fiquei ansioso demais pra conseguir dormir.

  Não sabia o que fazer, o show era na próxima semana, era muito em cima da hora pra fazer qualquer mudança, eu ainda ia matar aquele idiota.

  Talvez ele não soubesse do meu show, mas eu sou tão insignificante assim?

  Continuei pensando pelas próximas 3 horas e as 6 me levantei, fui à cozinha e tomei uma xícara de café com leite, não gosto de café, mas precisava de energia então talvez isso ajudasse ??

Mandei mensagem para o Ryan

"Pode me encontrar no parque?"

"30min, te vejo lá"

"Ok"

  O parque era um lugar bonito, como era primavera ele se encontrava florido, talvez me passasse mais tranquilidade.

Ou talvez não.

Por alguma razão a segunda opção me parece mais realista.

  Tomei banho e fui ao parque, avistei o Ryan de longe, inconfundível, seu cabelo azul refletia a luz ardente do sol daquela manhã, estava mais quente do que os outros dias.

- Ryan! Aqui, cara.

- E aí... você não parece nada bem, caramba

- Bem, eu definitivamente não estou, não dormi nada depois daquela hora, nem sei como reagir.

Caminhamos até o banco, e ali ficamos.

- Eu também não, cara, mas não tem muito o que a gente possa fazer, vamos dar o show e esperar que apareça umas 3 pessoas e não nos joguem tomates.

- É...

- Não acredito que aquele babaca do Brendon faz uma coisa dessas, ele quer te prejudicar não é óbvio? tá com invejinha que você está fazendo sucesso depois que saiu daquele inferno.

- Acha mesmo que é na intenção de me prejudicar?

- Você não acha?

- Sinceramente, eu não sei, talvez ele nem saiba que vamos dar show lá.

Ryan riu.

- E você é tão insignificante assim?

Também queria saber.

- Também queria saber, mas o Brendon não é tão ruim assim...

- Não? O cara egoísta, esnobe, sempre achou que a banda era só dele, nunca te deu créditos de nada, fora aquela personalidade irritante.

Eu estava errado, todo mundo amava o Brendon, menos o Ryan.
Talvez porque ele se importava comigo, é mais meu amigo do que o Brendon nunca seria.

- Você tá certo, a única coisa que podemos fazer é dar o show e esperar pelo melhor.

- Se anima, cara, é a nossa primeira tour mundial.

- E já vai ser um fracasso colossal.

- Vê se não faz drama.

**nota: desculpa, eu não sei usar parágrafo**

HOUSE OF MEMORIES - BrallonOnde histórias criam vida. Descubra agora