Prólogo

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Certo, lá vamos nós

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Certo, lá vamos nós.

Apenas no caso de eu quiser guardar esse diário para lê-lo no futuro, aqui vai uma recapitulação dos últimos acontecimentos: de tanto Hanna insistir, finalmente fui para a terapia. De acordo com minha melhor amiga, eu sou uma bomba emocional reprimida que, quando explodir, vai causar uma catástrofe mundial e quiçá o fim do mundo. Então, eu disse para Hanna que ela deveria me deixar em paz e nunca mais tocar no assunto caso eu fosse num psicólogo.

Mas isso apenas me trouxe mais problemas do que soluções. Parando para pensar agora, não sei como devo ter realmente acreditado que mexer nas feridas do passado fosse realmente uma boa ideia. De qualquer maneira, a Dra. Owen me disse que eu tinha muitos “negócios inacabados”. Ela constatou que eu nunca dizia o que sentia ou agia de acordo com meus sentimento, de modo que guardar tudo dentro de mim estava me deixando estressadas e surtada.

Quando perguntei, assustada, o que deveria fazer, ela me disse que enfrentar meu passado de frente e encarar meus sentimentos seria o ideal. Ela falou que queria me tirar da zona de conforto, então apenas me deu esse maldito diário e disse “enfrente seus negócios inacabados”.

Aqui estou eu, então, repassando meu passado e finalmente enxergado todas as pontas soltas que eu deixei. Depois de algumas páginas sobre meu relacionamento conturbado com minha irmã e um sobre o divórcio dos meus pais, cogitei escrever um sobre Mike, mas seria só para postergar o dia que eu escreveria sobre você.

Meu maior negócio inacabado é você, Landon Floyd, e, finalmente, chegou o capítulo do meu diário que será seu.

Vou dividir esse capítulo em 3 fases e vou repassar cada uma das minhas maiores memórias que compartilho contigo.

Talvez, no fim das contas, eu queime esse maldito diário. Aí nada disso vai importar mesmo.

De qualquer forma, vamos acabar logo com isso.

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