A Novata

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Atenção:
A Canção do livro é o hino: Hallelujah For the Cross (NewsBoys).



Acordei as seis e meia com meu pai me chamando, era o primeiro dia de aula na escola nova. Sou do estado de Kansas, cidade: Lawrence. Meu pai é pastor em uma igreja evangélica, e foi transferido para Nova York City, ele é formado em arquitetura e faz alguns trabalhos na área de vez em quando, já que toda a sua atenção é focada no ministério pastoreal.

__ Você tem escola querida.__ Abri os olhos ainda com um pouco de preguiça.

__ Bom dia papai!

__ Bom dia.__ Seu sorriso nunca mudava e aquilo me passava segurança.

__ Tudo bem, vou agilizar meus deveres matinais e depois que terminar tudo, eu desço.__ Beijei sua bochecha.

__ Ok!

Nasci no evangelho, mas há quem o diga que crescer na doutrina cristã tem suas vantagens na área espiritual. Pois eu digo que não há. Crescer na doutrina cristã em pleno século vinte e um, com todas as barganhas que o inimigo tem a oferecer é extremamente complicado, mas quando se está num determinado lugar por amor, você saberá escolher o caminho certo.

Desde que perdi a minha mãe , confiar em Deus, vem me trazendo muita paz, ela era meu grande exemplo de perseverança e fidelidade a Deus, ela me ensinou que Deus tem um grande propósito para todo ser humano. E nesse tempo em que sofri a perda da mamãe, eu pude sentir Deus ao meu lado, pois mamãe tinha câncer, em estágio terminal, já tinha afetado boa parte do cérebro. E lembro-me que enquanto ela estava no leito de hospital, quando eu tinha treze anos, fiz uma oração a Deus, lembro que a minha última frase antes de encerrar a minha oração foi meio que uma afronta a Deus...

"Se o Senhor é tão bom, porque está tirando de mim, a pessoa que mais amo?"

Estava chateada, porque pedi a Deus muitas vezes para que minha mãe fosse curada, e Deus me deu a resposta quando minha mãe se foi, ela gostava muito de dizer: "Há tempo pra todas as coisas."

E a resposta que Deus me deu, me fez refletir o quanto fui injusta com Ele, sinto saudades da minha mãe,  e sofri por ela ter morrido, mas sei que agora ela está com meu Pai celestial.




__ Você está linda.__ Papai sempre m bajulando.

Estava numa camisa social azul, gravata preta, e saia preta. O tênis do uniforme da escola era azul bebê, com cano alto dos modelos all star, minha mochila lilás  com alguns detalhes em rosa  pendurada no meu ombro esquerdo enquanto me despedia do homem que me deu a vida. Ao me despedir do meu pai, caminhei para dentro da escola e fui até o prédio administrativo.

__ Sua sala é a do terceiro ano C. No corredor B.__ Instruiu uma secretária.

__ Ok, obrigado.

__ Aquí está a chave do seu armário.__ Ela me entregou com um papel de instrução sobre horários e onde pegar meus livros didáticos.

__ Obrigado mais uma vez.

Olhei para a chave do armário, e sobre o chaveiro estava escrito A.234. Caminhei até um longo corredor cheio de armários, e fui observando todo o local a qual passaria meu ano. O meu armário era perto de uma entrada para o corredor que se não me engano era o Corredor C.

Abrí o armário, coloquei os livros que havia pegado na biblioteca e os separei devidamente. Sociologia, Inglês, história, geografia, matemática, física, química, biologia, filosofia e español. La ficaram eles, tudo bem organizado. Tirei uma foto da minha mãe da mochila e colei  na porta.
Respirei fundo e segui pelo corredor B, após passar por algumas salas, que vai do nono, ao terceiro ano,  avistei minha sala, terceiro ano C. Bati na porta e ouvi um "pode entrar".

La estava um homem de cabelos grisalhos, óculos e roupas sociais, olhei para toda a turma, e vi um monte de adolescentes fardados me encarando.

__ Bom dia senhorita! Seu nome por favor!__ Engoli em seco, isso é sempre tão embaraçoso.

__ Meu nome é Augustine Toretto, e tenho dezesseis anos.__ Tentei sorrir.

__ E como uma garota tão nova veio parar aqui?__ O professor perguntou.

__ Faço dezessete semana que vem, não sou tão nova assim!

__ Ok.__ Ele disse rindo.__ É um prazer conhece-la, senhorita Toretto. Sou o professor Michael Trump, mas todos aqui me chamam apenas de professor Mich. Sente-se ali.

Ele apontou para uma carteira vazia perto de um garoto de pele clara e cabelos negros como carvão, seus olhos variavam entre o azul e o verde, bem diferente do meu que é um castanho escuro. Ele deve ser coreano, mas bonito com certeza.  Seu semblante era de alguém triste. Do meu lado direto tinha uma garota negra, e muito bonita, e atrás dela uma ruiva, e a sua frente uma outra garota asiática.

__ Eu sou Lindsay!__ Disse a garota negra!

__ Augustine, mas pode me chamar de Gus.

__ Essas são minhas amiga, Yuki e Dalla.__ Apontou para a japonesa e para a ruiva.__ Você é daqui de Nova York mesmo?

__ Não! Nasci no México, mas morava em Lawrence, no Kansas,  desde recém nascida, meu pai e minha mãe eram de lá!

__ Ok, é um prazer te conhecer, querendo companhia para o intervalo, é só colar na gente!__ Ela parecia sincera.

__ Ok! Obrigada.

#Continua

Escolhi te Esperar/LIVRO 1 (ATUALIZANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora