O estrago que ficou.

O vazio de outros sexos.

Por algum tempo ao chegar a idade que todos dizem que é a idade que ocorre as mudanças, eu fui descobrindo o sexo. Deitei com pessoas que eu havia depositado todo o meu amor e esperança, e daquilo, saiu apenas gozo e vazio. Eu não sentia prazer naquilo. Não senti amor naquilo. Não sentia nada. Por quase um ano eu fiquei imaginando como seria transar com alguém que me desse mais vontade de deitar e abraçar do que gozar e correr. Eu ainda não saberia responder isto. Eu amei tanto pessoas vazias e, que ao se acostumar com poças ou lagos, fugiram perante ao meu oceano infinito de amor, intensidade e planos.

Eu lembro da primeira vez que senti isso; como se fosse ontem, eu estava jogado no sofá, pronto pra dormir quando ela me ligou. Ela pediu para vir me ver e prontamente aceitei. Me arrumei e joguei o primeiro perfumo que achei no corpo. Dando seguimento a mim pegando duas camisinhas e deixando sobre o braço do sofá. Eu estava nervoso, mas eu sabia o que ela vinha buscar. Ela saberia o que encontraria e assim se fez. Eu sai para busca-lá e assim que a vi, eu travei. Eu já não sabia falar, andar e certamente, eu não sabia nem mesmo transar.

Buscando o romantismo tentei abraça-lá e ela só queria sair dalí. Então fomos; caímos direto no meu sofá e pus uma série qualquer na netflix. Só sei que antes mesmo de chegar ao meio, estávamos nos beijando. E antes mesmo de explorar sua boca, ela estava sentando. E aquilo não me alegrou, não me excitou da maneira que eu desejava e tampouco, me fez querer repetir. Ela gemia baixo e eu só precisava de silêncio. O problema não era ela, era eu. Eu não amava aquela garota e nossos sentimentos não beiravam nem mesmo uma amizade. E aquilo se repetiu outras vezes, com ela, com outras, com todas. Eu apenas senti o vazio que tive em perceber que não era você chegando ao auge da intimidade que eu fiz questão de compartilhar.