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DANIEL

Acordei e estava deitado no sofá, com uma puta dor de cabeça, enquanto Dave arrumava algumas coisas em minha bolsa.

- O que você está fazendo? – pergunto me levantando devagar.

- Te levando pro hospital. – ele diz sem olhar pra mim e continua arrumando as minhas coisas.

- Baby, eu estou bem..

- Não estou TE levando pro hospital – ele diz me interrompendo - estou te levando pra ficar com a Kira, ela está passando por uma cirurgia.

- A KIRA. – tudo volta com muita clareza, minha amiga, minha irmãzinha, eu preciso vê-la urgentemente. – Vamos logo, David.

- Vamos, tudo pronto, arrumei sua bolsa, tem umas peças de roupa e produtos de higiene.

- Obrigado, querido. – eu digo lhe olhando fundo nos olhos, agradecendo do fundo de minha alma.

Estamos na estrada e pegamos um pouco de trânsito.

- Como ela está? Falaram alguma coisa? – pergunto a Dave.

- A moça no telefone disse que ela chegou bem machucada no hospital e teve uma hemorragia interna.

- Ó céus. – digo cobrindo o rosto com as mãos.

- Ela vai ficar bem. – Dave diz pegando minha mão e a beijando. – Ela é uma pirralha forte. – eu assinto, torcendo para que ela realmente seja muito forte nesse momento.

Quando chegamos no hospital, vou direto para a recepção e pergunto por Kira Collins.

- Ela ainda está em cirurgia. – uma mulher de mais ou menos 40 anos diz sem o menor pingo de compaixão pela minha amiga. E para evitar voar na cara dela eu me afasto.

Me sento em uma das cadeiras e respiro fundo, olhando pros lados, reconheço a recepcionista do prédio onde Kira mora.

- Mickaela?! – digo me aproximando da mulher e chamando sua atenção.

- Oi, Sr. Gonzales.

- Me chame de Daniel, por favor. O que está fazendo aqui? – Está aqui por causa da Kira? – ela assente.

- E porque também estava na delegacia, aqui por perto e resolvi vir até aqui, saber se eles tem alguma novidade dela.

- Na delegacia? Por quê?

- Estava como testemunha. A srta. Collins estava perseguindo um homem quando sofreu o acidente e eu vi quando ela atirou contra ele ainda na recepção do prédio. O que eu acho mais estranho, é que eu não me lembro de ter permitido ninguém como ele subir, não me lembro de ter recebido concessão para aquele homem subir...

- Como ele era? – pergunto curioso, se fosse quem eu achava que era, provavelmente era o nosso assassino perseguindo Kira de novo.

- Ele era, grande, forte, humm. – ela fecha os olhos com força, tentando se lembrar de mais detalhes e quando os abre novamente seus olhos vão parar em algo além de mim, ela aponta e diz um pouco assustada. – Na verdade, se parecia com ele.

Quando eu me viro, encontro Greyson na recepção do hospital parecendo cansado, abatido e preocupado. 

MY BAD KILLER (HIATUS)Where stories live. Discover now