5

6 0 0
                                    

Daniel e eu saímos da última casa era por volta das 18:00 horas.

- Eu estou destruído. – ele disse se sentando no banco do carro e bagunçando os cabelos.

- Não estou muito melhor que você.

Estávamos cansados e frustrados, passamos pelas 4 casas, conversamos com as 4 famílias, mas todas as respostas foram as mesmas: Não havia ninguém de diferente com as vítimas antes de seus assassinatos.

Ou seja, ou o assassino procurava não aparecer em público ou junto da família da vítima, ou ele sequer teve algum tipo de contato com vítima, como eu imaginava.

- Foi tudo uma perda de tempo e energia. Gastamos nossos esforços atoa. – Daniel diz.

- Vamos penar pelo lado positivo...

- Qual, Kira? Que lado positivo temos aqui?

- Bom... – minha mente tenta trabalhar mas é difícil. – Bom, tivemos algumas revelações das famílias das vítimas, e se você reparou bem, os familiares não pareciam necessariamente tristes com a morte das vítimas. Os filhos sim, pois perderam seus pais, mas as mulheres, cunhado, empregados... Estavam todos tão...

- Bem. – Daniel conclui.

-Exato.

- Vamos pra casa logo, por favor. Meus pezinhos não agüentam mais.

- Ta certo, vamos logo. – digo rindo da sua cara de sofrimento.

Dou partida novamente no carro e seguimos rumo a casa de Daniel. No caminho Daniel e eu não falamos muito, pois ainda estamos pensando em tudo que aconteceu e em todas as faltas de respostas que tivemos.

Trinta minutos depois estacionei o carro em frente a casa de Daniel.

- Quer entrar e comer algo?

- Isso é o máximo que você consegue para seduzir uma garota.

- Desculpa querida, mas da fruta que você gosta, eu como até o caroço.

- Uma pena. – digo rindo – Dave com certeza ama isso.

Dave era o namorado de Daniel, eles já namoravam a anos e eram tão completos um com o outro que dava até inveja.

- Vou deixar você aproveitar o teu boy. – digo o expulsando do meu carro de brincadeira.

- Com certeza eu farei isso querida, é tudo que eu preciso depois de um dia como esse. – ele diz já saindo do carro e fechando a porta, abaixo o vidro do carro quando ele fica da altura da janela. – Te vejo amanhã querida, dirija com cuidado.

- Pode deixar. – digo fazendo uma continência para ele.

Sigo meu caminho de volta para casa, entro no estacionamento do condomínio de onde moro e estaciono o carro na primeira vaga que encontro, estou cansada demais para procurar uma mais descente.

Estou andando o corredor que leva até a porta do meu apartamento, mas algo parece estranho, meu sensor de defesa ativa, sinto minha pele ficar mais sensível, um arrepio sobe pela  minha coluna, e por instinto saco minha arma da bolsa e já estou com ela preparada para entrar em casa. Noto que a porta está aberta, apenas encostada.

Abro a porta com cuidado e olhando pros lados, para ver se ninguém vai aparecer de repente eu entro em casa e ascendo a luz da sala. Tudo parece normal, do jeito que eu deixei ao sair mais cedo, vou até meu quarto e ascendo a luz olhando cada canto, confisco cada cômodo da casa até ter certeza de que está tudo bem e não tem ninguém dentro da casa. Quando tomo isso como conclusão rio de mim mesma.

MY BAD KILLER (HIATUS)Where stories live. Discover now